sábado, 26 de fevereiro de 2011

Polícia acha corpos de Claudio Meneghetti e Lilian Simioni, sequestrados Piracicaba...

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EPTV

A Polícia Civil de Piracicaba, a 168 km de São Paulo, encontrou neste sábado os corpos do casal de empresários Claudio Meneghetti e Lilian Simioni, sequestrados há 11 dias na casa onde moravam. Os investigadores chegaram à zona rural da cidade após uma denúncia anônima feita à Polícia Militar. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal (IML) para a identificação, que só foi confirmada no início da tarde pelo irmão de Cláudio Meneghetti, Reynaldo Meneghetti. A polícia ainda aguarda um laudo do IML.

Claudio e Lilian foram levados no dia 15 de fevereiro por criminosos que invadiram a casa da família, na Vila Rezende, mataram a empregada e fugiram levando o computador, onde estavam as imagens da câmera de segurança. O casal foi levado no carro do empresário, uma caminhonete S10, encontrada no dia 17 de fevereiro, a cem metros da residência das vítimas.

Desde o primeiro dia do caso, a família não recebeu nenhum pedido de resgate. A filha do casal, Laís Meneghetti, de 23 anos, concedeu entrevista exclusiva à EPTV nesta sexta-feira e fez um apelo para que as pessoas ajudassem a esclarecer o seqüestro dos pais. A universitária, que estava na Irlanda em um intercâmbio de férias, desembarcou no Brasil dois dias após o desaparecimento dos pais. Emocionada, disse que não havia perdido a esperança de que reencontraria os pais vivos. Laís foi informada do desaparecimento quando retornou a Piracicaba. Ela ressaltou que sente uma grande falta dos pais e que só tem a eles. A jovem tinha somente um irmão, que morreu há alguns anos.

Dois dias antes da entrevista de Laís, o irmão do empresário, Reynaldo Meneguetti, também fez um apelo à população para a divulgação de qualquer informação que possa ajudar nas investigações. Ele também tinha esperanças de encontrar o casal vivo, apesas da preocupação em relação às condições de saúde dos parentes, já que o empresário Cláudio Meneguetti era hipertenso e diabético, e Lilian Simioni tomava remédios contra um câncer, que só podem ser obtidos com receita médica em hospitais.

Desde o dia do sequestro, uma série de depoimentos foram ouvidos pelo delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Piracicaba, João Batista de Camargo. A polícia também apurou uma denúncia de que o casal estaria em uma favela em São Paulo, mas esta hipótese foi descartada após verificação feita na capital paulista.

De acordo com a polícia, os criminosos não efetuaram nenhum contato com a família. Policiais da Delegacia Especializada em Antissequestro de Campinas ajudaram nas investigações. Outros 50 homens também participaram das ações.

Após oito dias do desaparecimento, os retratos falados dos suspeitos do

envolvimento no sequestro do casal de empresários foram divulgados. Os desenhos foram feitos a partir do relato de três testemunhas que procuraram a polícia para ajudar na descrição dos criminosos. Veja as imagens abaixo:

Os retratos falados foram feitos pela Unidade de Inteligência da Policia Civil de São Paulo. O primeiro é moreno claro, tem cabelo encaracolado, castanho escuro, olhos da mesma cor, aparenta ter aproximadamente 28 anos e 1,85m de altura.O outro suspeito é branco, tem cabelo castanho escuro e liso, aparenta ter 25 anos, 1,75m e olhos castanhos.

Segundo o delegado João Batista Vieira de Camargo, as imagens das câmeras de segurança do Banco Santander, em que foram feitos dois saques da conta dos empresários pelos suspeitos, não contribuíram com as construções dos retratos.

O irmão do empresário Claudio Menegueti, José Reynaldo Meneguetti, que teve acesso aos retratos e prestou depoimento no dia da divulgação, disse desconhecer as pessoas descritas e que elas não seriam nenhuma pessoa da família.


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