quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Pedófilo Jurandir José dos Santos é procurado por assassinato de pais de menino que ele abusou
Casal é assassinado a facadas e enterrado na garagem
Acusado teria tentado abusar sexualmente de filho das vítimas
17/12/2012 - 22h25 | Yasmine Souza
yasmine.souza@rac.com.br
Foto: Yasmine Azevedo/AAN
Um casal foi encontrado enterrado na manhã do último sábado na garagem da casa onde morava, na Rua José Novaes, no Jardim Viel, em Sumaré.
Os corpos estavam parcialmente enrolados em um tapete dentro de uma vala próximo à parede.
A dona de casa Maria do Socorro Gonçalves do Nascimento, de 41 anos, e o pedreiro Nelson Pereira Baptista, de 47 anos, tinham cortes de faca no pescoço e hematomas na cabeça, que provavelmente foram provocados por um martelo encontrado sujo de sangue.
O suspeito do crime é o dono do imóvel, Jurandir José dos Santos, de 51 anos, que está desaparecido.
Vizinhos, que preferiram não se identificar, afirmaram que há cerca de dois meses Santos foi preso depois de denúncias relacionadas a pedofilia, mas foi liberado dez dias depois, já que nada ficou comprovado.
De acordo com a polícia, o homem teria tentado abusar sexualmente do filho de 10 anos da dona de casa na última quinta-feira (13), mas não conseguiu.
O menino contou à polícia que, ao notar a ausência da mãe e do padrasto em casa na manhã de sábado (15), procurou os vizinhos e disse que achava que o “avô”, como o suspeito é conhecido, havia feito algo de errado com eles.
Assim que a polícia chegou ao local encontrou a cova na garagem e muito sangue no quarto do casal.
O local foi escavado e as vítimas encontradas seminuas.
Na garagem, também havia um colchão e travesseiros sujos de sangue.
Cativeiro
O menino contou que não viu, nem ouviu o que aconteceu com a mãe e o padastro, pois foi levado enquanto dormia para um quarto subterrâneo, que fica na casa dos fundos, onde o proprietário vivia.
Durante as buscas no local a polícia encontrou a passagem para o cativeiro, que ficava atrás de um armário.
O buraco, com cerca de 50 por 40 centímetros na parede do cômodo dava acesso a um corredor de aproximadamente 70 centímetros de largura e 5 metros de extensão.
No final dele havia um buraco semelhante ao primeiro com cerca de dois metros de profundidade.
A polícia acredita que ali aconteciam os abusos sexuais.
O menino afirmou aos policiais que ao acordar no cativeiro começou a gritar por socorro e foi retirado do local por Santos.
Ele questionou o homem sobre o paradeiro de sua mãe e seu padastro, mas foi avisado de que ambos haviam saído com um amigo.
O menino também perguntou ao suspeito sobre a terra na garagem, mas o homem afirmou que construiria um banheiro no local.
De acordo com a Polícia Civil, tudo indica que o crime tenha relação com a tentativa de abuso sexual sofrida pelo garoto.
O caso foi registrado pelo delegado Elias Yoau Kobayashi como duplo homicídio qualificado, uma vez que as vítimas não tiveram chance de defesa.
O menino foi entregue ao pai biológico que mora em São Paulo.
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