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Acordo sobressaltado...
O sonho era real...
Premonitório...
Não fico triste...
Fico eufórico...
Não posso perder tempo...
Ponho uma cueca nova...
Faço barba com cuidado...
Não posso correr risco de causar má
impressão sobre a maca...
Por onde começar...
Tomar um porre?
Não...
Rezar?
É chato e não iria modificar o traçado...
Ao invés de acordar meu filho deito a seu lado e acaricio...
Não encho-lhe de conselhos...
Lembro uma frase - não sei se é esta ou se com certeza é de São Tomás de Aquino - "Amar é deixar que o outro seja..."
A caminho do elevador bato na porta da vizinha que sempre me pede uma xícara de açúcar pelo interfone depois da meia-noite...
Após anos, dou-lhe um beijo...
Compro o Jornal e ao invés de sair apressado fico escutando o jornaleiro que dá sua versão para todas as manchetes...
Na esquina penso em tomar a arma do Guarda e botá-lo para correr pelas duas multas do ano passado...
Desisto...
Não posso perder tempo com gestos menores...
Pego uma antiga agenda e ligo para amigos perdidos que o dia-a-dia atribulado foi tratando de afastar...
Resolvo que irei escancarar o sorriso para todos que estiverem aborrecidos...
Ligo para minha amada e descrevo detalhes idiotas de meu amor...
Decidimos que ficaremos juntos o resto do dia, apesar de sexta...
Deito em seu peito escutando batimentos de seu coração, que acredito meu...
Aguardando que o meu pare...
Jorge Schweitzer
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