Índios da Aldeia Maracanã, em sentinela, prometem resistir com a vida
Justiça Federal cassou liminar que impedia a demolição e retirada dos indígenas
Jornal do Brasil
Caio de Menezes
Alertas, preocupados, sem dormir, e dispostos a tudo.
Assim estão os índios da Aldeia Maracanã, vizinha ao Estádio Mario Filho, depois que a presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), desembargadora federal Maria Helena Cisne, cassou duas liminares que impediam a demolição do prédio onde funcionou o Museu do Índio de 1910 até 1978, bem como proibiam a retirada dos ocupantes do imóvel.
"Na última sexta-feira, e no sábado, começaram a quebrar os muros do terreno. Afastado aqui da Aldeia. Mas já no terreno. O clima está tenso. Estamos dispostos a qualquer coisa, inclusive a não sair daqui vivos", disse Afonso Aporinã, um dos líderes da Aldeia Maracanã, onde haverá uma reunião aberta ao público para organizar a resistência.
Com medo de que a partir da decisão do TRF-2 o governo do Estado tente retirá-los da área neste feriado prolongado, os índios prometem reagir e ficar em estado de sentinela.
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