quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O pano de guardar confetes







Jamais estarei indo embora...

Nem mesmo quando tudo acabar...

Sempre ficará alguma marca....

Mesmo depois de todos carnavais em meus dois pés esquerdos nos passos da vida...

Conheço de cor meu samba enredo...

Ontem recaia na mesma armadilha de tentar não mais retornar a escrever...

Os inimigos tentam sempre esta motivação, os  amigos conseguem...

Inexplicável  compulsão de pessoas amistosas que se aproximam somente para mais adiante mostrarem a altivez num exercício incompreensível desdenhando do que não me foi possível ainda fazer...

Pô, ontem aconteceu em três oportunidades em dez minutos seguidos...

Nem sinto ódio...

Sinto a dor da covardia dos que se incomodam por nada fazerem de objetivo...

Fiquei com vontade de rasgar todas minhas marcas na Internet...

Isto seria agradável aos seus egos...

Não devo...

Não posso...

Após estancar a ira resolvi continuar...

Não importa aonde...

Não tenho direito de permitir que rancores amiúdes desfaçam ideais justos...

O espaço curto da nossa existência não pode compactuar com silêncio...

Existe um corpo de uma menina de cinco anos de idade que não consigo onde sepultar enquanto não afundar meu dedo ensaguentado no centro do coração dos bandidos...

Não importa como...




Jorge Schweitzer







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