sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Jogador Adriano sobe a montanha do Chapadão para se aconselhar com o guru e traficante Nando Bacalhau que reclama: "Imperador é maluco"





Do Chapadão, Adriano para Zinho, via SMS: ‘Irmão, segura essa pra mim’ 


A definição de Zinho para Adriano – “confuso e perturbado” – retrata o sábado e o domingo em que o jogador se deu folga e faltou aos treinos do Flamengo. 


Dessa vez, a incursão do Imperador aconteceu no Chapadão, em Costa Barros. Foi na favela do subúrbio do Rio que o atacante e sua comitiva passaram grande parte do fim de semana. 


Pessoas próximas a Adriano revelam que os torpedos de celular enviados para Zinho são as provas da bomba-relógio que se tornou a cabeça do jogador. Em uma delas, Adriano fez um pedido encarecido e inusitado para o diretor de futebol do Rubro-Negro. 


Adriano não tem intimidade com recursos como SMS. Para comunicar a ausência no treino de sábado, o jogador enviou alguns torpedos, uns desconexos e com erros de português, e outros mais sóbrios e corretos, dando a impressão de que outra pessoa teria escrito. Uma delas seria um primo que o acompanhava. Numa das mensagens, o pedido: “Pô, irmão, segura essa pra mim”. Em outra, uma pista da localização: “Estou em Cabuçu (bairro de Nova Iguaçu)'. 


Pessoas próximas a Adriano ainda tentaram fazer com que o jogador treinasse no sábado à tarde – já que faltara na parte da manhã. 


Mas, ao perceberem que a ideia seria inviável, um novo torpedo foi enviado a Zinho. A tentativa era fazer com que as novas indisciplinas não chegassem ao conhecimento público. Para amigos, ele chegou a dizer que esperava que o departamento de futebol encobrisse suas ausências. 


- Ele tinha comunicado via SMS que não conseguiria chegar (no treino de sábado pela manhã). Prefiro olho no olho. Não gosto muito de SMS, computador, mensagem... – disse Zinho, em entrevista coletiva na segunda-feira. 


Depois de curtir a noite de sexta-feira numa boate na Barra da Tijuca, Adriano seguiu para o subúrbio do Rio, na favela do Chapadão, que não é pacificada, e ainda conta com grande número de traficantes. 


No local, como de praxe, o atacante bebeu e andou pelas vielas. Nesta segunda-feira, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) prendeu Luis Fernando Nascimento Ferreira, conhecido como Nando Bacalhau, que seria o chefe do tráfico de drogas do Morro do Chapadão. 


Ele foi preso em Guarulhos, São Paulo. Em conversa informal nesta segunda-feira com policiais, o traficante disse que Adriano esteve no morro recentemente de muletas - pouco depois de sua cirurgia - e participou de um churrasco. E foi mais longe, para diversão dos policiais: 


- Ele é maluco. O Imperador é maluco. Não usa droga nenhuma, mas bebe demais. É impressionante. Já cansei de falar para ele, tento dar conselho, mas não adianta - afirmou Nando Bacalhau na conversa com os policiais. 


A preocupação com o rumo da vida de Adriano domina a roda de amigos mais antigos. Um deles, ao saber da nova incursão ao Chapadão, pediu uma força-tarefa de conhecidos para um fim de carreira digno para o atacante de 30 anos. Empresário, amigo e “advogado” - Mas há ainda os que são adeptos da política de 'passar a mão da cabeça'. Para dar suporte às justificativas enviadas via celular, apareceu a figura de Luis Cláudio Menezes, que assumiu a carreira de Adriano desde o rompimento do atacante com Gilmar Rinaldi. 


Conhecido como Luca ou Luquinha, o empresário é dono de posto de gasolina e tem apenas Adriano como cliente no futebol. Amigo do jogador há tempos, ele deu suporte ao atacante no complicado momento desde a saída do Corinthians. No sábado pela manhã, Luca entrou no circuito diante de mais um sumiço de Adriano. Foi ele que telefonou para Zinho para explicar a nova ausência. Sempre em defesa do seu cliente, negou informações de que o atacante estaria abusando das noitadas e apresentou os argumentos de defesa. Falta em setembro também acabou na favela - No dia 3 de setembro, Adriano também faltou a um treino, com roteiro parecido. Depois de chegar de viagem com o time vindo de Porto Alegre, ele recebeu alguns amigos na sua casa na noite de domingo. 


Na manhã de segunda-feira, seguiu para a Vila Cruzeiro. Sem qualquer contato com os dirigentes, o atacante não apareceu no Ninho do Urubu. Na hora em que deveria estar treinando, o jogador foi visto na favela da Penha, onde acabou se envolvendo num choque entre sua BMW e uma moto. 


Peso dos excessos - 


Em recuperação da delicada cirurgia no tendão de Aquiles da perna esquerda, o atacante tem dificuldade para perder peso e recuperar a naturalidade dos movimentos. 


Nesta terça-feira pela manhã, quando se reapresentou, Adriano sentiu uma forte fisgada na coluna ao fazer um simples movimento para se ajeitar no carrinho de golfe que faz o transporte dos jogadores dentro do CT. 


Fonte: Globoesporte.com








Um comentário:

  1. Joãozinho das Candongas5 de outubro de 2012 às 15:22

    Não é muita trela para quem nada produz? Logo a grana seca e aí mermão?
    Mãe Dináh já profetizou fim melancólico para o garotão.

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