segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Delfim Venâncio Pinto, 54 anos, desaparecido ao sair para negociar equipamentos de seu restaurante





Aline Custódio 


Desde que saiu de casa para fechar a venda dos equipamentos de um restaurante, na quinta-feira passada, o comerciante português Delfim Venâncio Pinto, de 54 anos, está desaparecido. 

O carro dele, um Corsa Classic Sedan, foi localizado no dia seguinte, com as portas fechadas, em frente ao Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca. 

Casada com o comerciante há 29 anos, Maria Izabel Pinto, de 49, disse que o marido estava ansioso para passar adiante a locação do imóvel e vender os equipamentos: 

— Ele ainda tinha dois anos de locação, mas havia fechado o restaurante em maio. Pretendia vender tudo por cerca de R$ 70 mil. Saiu para buscar o dinheiro. 

Segundo Maria Izabel, o marido negociava o ponto há cerca de três meses com três homens: um policial civil, o advogado Pedro Prazeres de Assis, representante da proprietária do prédio alugado por Delfim, e um terceiro, que ela não sabe dizer quem é. 

— Os negociadores sempre exigiam que as reuniões ocorressem no restaurante do Hotel Atlântico e ligavam de celulares sem identificação. Fiquei preocupada, mas o Delfim disse que cuidaria sozinho do assunto — comentou Maria Izabel. 

Na manhã de quinta-feira, Delfim rescindiu o contrato de locação do prédio do restaurante. 

Ele se reuniu com o advogado da proprietária do imóvel. 

— Visitamos o prédio e combinamos que os equipamentos seriam retirados nos próximos dias. Não sabia que ele estava desaparecido — disse o advogado. 

O comerciante foi visto pela última vez, por volta das 14h de quinta-feira, quando visitou a irmã, em Vaz Lobo. 

Lá, teria comentado que seguiria até a Ceasa, em Irajá, onde fecharia o negócio. Porém, jamais voltou a procurar a família. O caso foi registrado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), na sexta-feira. 

No carro localizado um dia depois do desaparecimento, peritos da Polícia Civil encontraram um ticket de pedágio indicando que Delfim teria passado pela Linha Amarela às 16h de quinta-feira, em direção à Barra da Tijuca. 

De acordo com a delegada titular da 42ª DP, Adriana Belém, o caso ainda é tratado apenas como desaparecimento. 

Familiares e pessoas próximas ao comerciante deverão ser ouvidas nesta semana. 


PS: Como devem existir imagens de câmeras do pedágio da Linha Amarela, do Ceasa, das proximidades do Maria Lenk e do tal restaurante do Hotel Atlântico, resta à Polícia somente cruzar vídeos...  Quem abandonou o carro ou esteve com ele no pedágio tem que explicar o que aconteceu... O advogado identificado igualmente pode colaborar informando quem seria o policial e outro negociador... Tomara que tudo seja um grande equívoco e que Delfim Venâncio tenha resolvido pegar o dinheiro e passear por aí... Tomara... JS






 



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