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Você já folheou um coração espancado?
Acordado em desalinho?
Em processo de penumbra do abandono?
Como um riscar endurecido no cimento?
Como lamber a ponta dos dedos sujos de giz?
Como escovar dentes esmaltados com carvão úmido?
Como fogueira largando fumaça?
Como enfermo fora de órbita?
Como selvagem descompromissado com a civilização?
Como uma maldição em crise?
E deu-lhe um abraço aconchegante, sem lhe perguntar nada?
Absolutamente nada?
Jorge Schweitzer
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PS: Antes que alguém pense titica: estou transferindo alguns textos do Overmundo prá cá...
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