O DIA flagra turistas sendo assaltados em Ipanema, na Zona Sul
Viatura da PM demora, e Polícia Civil diz que não tem como investigar os casos
CONSTANÇA REZENDE E TÁSSIA DI CARVALHO
Rio - Do ataque criminoso, só restarão hematoma na cabeça e indignação. Isso porque, para a Polícia Civil, o drama vivido por casal de turistas de Brasília, cercado por grupo de assaltantes por volta das 15h de ontem, no Posto 8 de Ipanema, não existiu.
Apesar do flagrante feito pelo DIA , segundo a assessoria de imprensa da instituição, isso não é suficiente ‘para cruzar os dados de uma investigação e nem identificar os assaltantes’.
As vítimas desistiram de registrar ocorrência na delegacia depois de esperar 40 minutos por viatura da Polícia Militar, acionada pelo 190.
Ladrão corre com o cordão da vítima, que vira para dar início à reação: crime aconteceu ontem à tarde
Foto: Cacau Fernandes / Agência O DiaO casal, que não quis se identificar por medo de represálias, está há uma semana no Rio de férias.
Os turistas caminhavam pela areia quando o assaltante, vestido de blusa e short laranjas, puxou o cordão do homem. Ele reagiu à abordagem, correu atrás do assaltante e derrubou-o no chão.
Nesse momento, mais três bandidos que o aguardavam no calçadão surgiram e deram uma paulada na cabeça do turista, que ficou caído e sem óculos escuros.
Sem nenhum policiamento, de acordo com testemunhas, os quatro homens fugiram tranquilamente.
Segundo uma banhista, quando o rapaz que foi assaltado perguntou o motivo de os funcionários de um quiosque próximo não terem o ajudado, eles responderam que temiam por represálias, ‘já que o bando é presença frequente no local’.
Rapaz persegue o ladrão e ainda conseguiria derrubá-lo
Foto: Cacau Fernandes / Agência O Dia
Até as 22 horas de ontem, a assessoria de imprensa da PM não havia respondido às indagações sobre a demora de a viatura chegar ao local e a falta de policiamento.
No início deste ano, a Polícia Militar decidiu reforçar o policiamento na orla das praias da cidade durante os dias de semana depois da grande incidência de arrastões.
O Batalhão de Ações com Cães ficou responsável pela segurança do Arpoador, e o Batalhão de Choque, em toda extensão da orla. Além disso, foi anunciado que motociclistas fariam o patrulhamento nos calçadões.
Acuado por comparsas, o rapaz tem também os óculos roubados. Ele ainda foi agredido com um pedaço de pau
Foto: Cacau Fernandes / Agência O Dia
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