terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Advogado Roberto Vitagliano, defensor do padre Emilson Soares Correa, acusado de abusar de criança de 7 anos: 'A carne é fraca'






Padre fez sexo com jovem, admite advogado 'Ele é um ser humano passível de cometer atos reprováveis', afirma Roberto Vitagliano. 

Religioso, porém, diz que manteve relações com a garota quando ela tinha 18 anos 

POR FLAVIO ARAÚJO 

Rio - O advogado Roberto Vitagliano confirmou nesta terça-feira, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Niterói, que seu cliente, o padre acusado flagrando sexo com uma jovem, que seria menor de idade, realmente caiu em tentação. 

O defensor comparou o religioso ao Rei Davi durante entrevista a jornalistas. "Assim como o personagem bíblico Rei Davi, o padre é um ser humano passível de cometer atos reprováveis", afirmou Vitagliano, que completou: 

"A carne é fraca. O padre também é um ser humano. Ele manteve relações desde o ano passado". 

O advogado, contudo, afirmou que o padre manteve relações com a garota quando ela tinha 18 anos, e não 13 como denunciado pela família. 

Ele acusa o pai da jovem Y, hoje com 19 anos, de ter feito a gravação para tentar extorqui-lo. 

O sacerdote, que já foi afastado pela Arquidiocese, prestou depoimento nesta terça-feira na DEAM. 

Segundo a delegada Marta Ferreira Dominguez, o padre afirma que o pai de Y exigiu que a arquidiocese lhe desse uma casa, em troco de não divulgar as imagens para a imprensa e a polícia. 

O sacerdote já foi indiciado por estupro de vulnerável por tocar nas partes íntimas da irmã de Y, quando esta tinha apenas 7 anos. 

Além disso, segundo a delegada, ele pode ser indiciado ainda por exploração sexual, por ter relações com uma menor, de 15 anos, que aparece em vídeo. 

"Falta para concluir este inquérito policial, ouvir esta outra menor, juntamente com algum responsável, para que possamos analisar a possibilidade de ter havido exploração sexual", disse a delegada em entrevista ao "RJTV". 

O padre continuará respondendo ao processo em liberdade, pois tem comparecido à delegacia em todas as ocasiões em que vem sendo chamado para prestar esclarecimentos. 

Jovem acreditava que padre abandonaria a batina para se casar 

O pai de Y — hoje com 19 anos — contou que aos 13 anos ela foi batizada pelo pároco acusado. 

Ele afirmou que a menina frequentava a residência do religioso e ganhava chocolates, pizzas e doces em troca de carícias. 

Quando fez 15 anos, Y teria começado a receber dinheiro, joias e presentes mais caros, e o ato sexual foi consumado, conforme conta o pai. 

Segundo ele, a jovem acreditava que o padre abandonaria a batina para se casar com ela. 

Mas a decepção veio durante o passeio a um sítio: o padre teria assediado sua irmã mais nova, de apenas 7 anos, na ocasião. 

A suposta farsa montada pelo padre só veio à tona em outubro do ano passado, quando a mãe de Y. desconfiou dos presentes e da intimidade dela com o pároco e forçou a confissão da jovem. 

Ela ainda teria voltado às orgias comandadas pelo padre e o teria filmado abusando da menor X, de 15 anos para provar o crime. 

Arquediocese de Niterói apura o caso 

A Arquidiocese de Niterói esclareceu, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que o setor jurídico da entidade apura a denúncia e já afastou do ministério o padre acusado. 

Segundo a nota, o sacerdote não responde por “nenhuma paróquia, já que foi completamente afastado de suas funções sacerdotais”. 

Ainda segundo a Arquidiocese, o próprio padre levou o fato ao Ministério Público para investigação. 

A nota é assinada pelo advogado Pedro Paulo Dias. 

“A Arquidiocese me recebeu com dois advogados que insinuaram que estávamos querendo dinheiro em troca do silêncio. Deixei claro que queria a prisão do padre, a excomunhão e o apoio psicológico para minhas filhas, mas nada consegui”, queixou-se o pai.




Um comentário:

  1. Ahh, a "carne é fraca?" Então couro nessa carne!!! Tomara que o arrebentem na cadeia.

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