domingo, 4 de março de 2012

No novo lar o Mizael Bispo de Souza: lava roupa, vê a novela das oito e dorme as 22 horas...



Foto de Edilson Dantas/ Diário SP


Cristina Christiano
cristinamc@diariosp.com.br


Na semana passada, o advogado e PM reformado Mizael Bispo de Souza surpreendeu os meios jurídicos ao recusar uma sala do Estado-Maior oferecida pela Justiça para aguardar o julgamento pela acusação de matar a ex-namorada Mércia Nakashima, em 23 de maio de 2010.

Ele preferiu ficar no Presídio Militar Romão Gomes, onde se encontra desde o último dia 24, quando entregou-se ao juiz Leandro Bittencourt Cano, da Vara do Júri de Guarulhos, na Grande São Paulo.


“Muitas pessoas falam que a decisão é jogada da defesa para Mizael ter privilégios. Mas não é verdade”, diz o advogado Samir Haddad Júnior, um dos defensores do acusado. Haddad salienta que não se pode confundir prerrogativas de advogado com privilégio.

“O presídio é o único no país que cumpre os requisitos da Lei de Execuções Processuais, oferece tratamento digno aos internos e é capaz de reintegrá-los à sociedade”, afirma.


Mizael ocupa um dos alojamentos do regime semiaberto, onde há apenas armário, cama, mesinha e televisor.

Embora o quarto não tenha grades e conte com janela, ele não pode circular livremente pelo presídio, onde, na sexta-feira, havia 194 internos.

“Ele tem de cumprir as normas do regimento interno”, observa o advogado Ivon Ribeiro, que também atua na defesa. Mizael veste uniforme – camiseta marrom, calça bege e coturno – usa crachá com nome e o artigo do Código Penal do qual é acusado, presta continência e marcha.


O regime do Romão Gomes é mais severo que o de quartel. Todos cumprem horários, passam por cinco revistas diárias, lavam suas roupas, cozinham, trabalham oito horas por dia, no sol ou na chuva, e só assistem à TV depois que a programação passar pelo crivo do comando.

Mesmo assim, das 19h até o final da novela das 20h.

Às 22h as luzes se apagam.

Mizael ainda não trabalha por estar em fase de adaptação, mas lá não falta serviço a ninguém.

Os internos têm como opção atividades em artesanato, agricultura, pecuária, construção civil, mecânica, marcenaria e até serviços de escritório.


No Romão Gomes também não há superlotação, ao contrário de outras cadeias brasileiras.

Aos domingos, das 9h às 17h, pode receber visita de duas pessoas, mas apenas pais, irmãos ou filhos.


PS: Para ficar perfeito, só falta o Mizael arrumar um namorado por lá... JS




2 comentários:

  1. Sinceramente é muita falta do que falar desse advogado ao dizer: "Ele tem que cumprir as normas". Qualquer cidadão de bem cumpre as normas, as leis, etc.e ele é PRESIDIÁRIO e não está no spa. Quanto ao presídio ser do regime "semi-aberto", tem alguma coisa estranha.... as prerrogativas não incidem no sistema carcerário à esse ponto.

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  2. Para mim assassino é assassino.
    Matador de gente. pessoa não
    grata para a sociedade. Não
    merecem viver no nosso convivio.
    Edna Brazil.

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