segunda-feira, 29 de julho de 2013

Raphael Casado Mendes, de 18 anos, e Gabriela Teixeira, de 20, forjaram sequestro e são encontrados no RJ








Após mobilizar redes sociais, casal confessa ter simulado sequestro 

Casal ficou 18 dias em casa alugada na Rocinha, no Rio de Janeiro. Supostos sequestradores pediram resgate de R$ 10 mil. 


Silvio Muniz 
Do G1 Santos 


O desaparecimento de um casal de jovens no dia 8 de julho em Santos, no litoral de São Paulo, mobilizou as redes sociais após a tia do rapaz divulgar uma foto dos namorados, pedindo informações. 

Desde então, o caso foi investigado e tratado pela polícia como sequestro, mas nesta sexta-feira (26), o casal foi encontrado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, e confessou ter forjado tudo. 

O caso foi apresentado pela Polícia Civil durante uma coletiva na tarde desta segunda-feira (29). 

A ocorrência foi registrada no dia 8 de julho pela família, que estranhou a demora do contato do casal, que tinha saído para levar um computador no conserto. 

Dois dias após o desaparecimento, as famílias dos jovens passaram a receber mensagens, dizendo que eles estavam sendo mantidos presos por alguém. 

Os supostos sequestradores mandaram que nem a polícia nem a imprensa fossem avisadas. 

Nas mensagens, diziam ainda que, se as fotos divulgadas em redes sociais não fossem retiradas do ar, o casal ficaria sem comer. 

Na última sexta-feira, o casal, um menor de 17 anos e uma jovem de 20, ligou para a família dizendo que os sequestradores os haviam soltado, pedindo dinheiro para voltarem para a Baixada Santista. 

A polícia do Rio de Janeiro foi acionada e os encontrou em Copacabana, de onde foram levados para a Delegacia Antissequestro da cidade. 

Na delegacia, o casal disse que o sequestro tinha sido inventado para justificar uma fuga, motivada por uma ameaça que estariam recebendo de uma pessoa interessada na jovem. 

O casal apresentava marcas roxas pelo corpo. Inicialmente, eles disseram que os hematomas haviam sido feitos pelos sequestradores, mas após confessarem a farsa, falaram que as marcas seriam chupões, feitas um no outro. 

O casal disse à policia que ficou durante 18 dias em uma casa alugada por dois meses na comunidade da Rocinha, pela qual pagaram R$ 1.500. 

A polícia investiga se outras pessoas estão envolvidas na farsa. 

Segundo o delegado Fábio Szabo Guerra, da Divisão Antissequestro da Polícia Civil, as famílias receberam três ligações do suposto sequestrador, que pedia R$ 10 mil pelo resgate de cada um. 

Em depoimento, o menor disse que as ligações foram feitas por um rapaz que eles conheceram em uma lan house no Rio de Janeiro. 

Em troca do favor, o menor disse ter entregado para ele um tablet. 

Segundo a polícia, apenas o primeiro nome do rapaz foi dito, porque o casal afirma que não o conhecem e não o viram mais. 

O delegado disse ainda que, desde o começo das investigações, havia indícios de que não se tratava de sequestro. 

"Mesmo com esses indícios, tratamos o caso como deveria ser até sexta-feira, quando eles entraram em contato com as famílias", explica. 

O menor disse em depoimento que simulou um assalto dias antes do “'sequestro'”, quando teria sido obrigado por uma pessoa a retirar da conta do pai um valor que, segundo a polícia, pode ter sido usado para pagar o aluguel do imóvel na Rocinha. 

"Pode ter sido uma brincadeira, mas mobilizou toda a polícia, tirando a atenção de outros casos", diz o delegado. 

Segundo Aldo Galiano Junior, diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo e Interior (Deinter-6), a investigação está bem adiantada, mas ainda há algumas questões a serem apuradas. 

"Eles cometeram muitos erros primários, mas algumas coisas precisam ser respondidas e os envolvidos deverão receber as punições que lhes cabem. A polícia vai apurar se houve premeditação do crime, uma vez que eles já chegaram no Rio de Janeiro com a casa alugada", relata. 

O casal responderá inicialmente por falsa comunicação de crime. 

O menor será apresentado na Vara da Infância e Juventude, onde poderá ficar recolhido. 

Segundo o delegado Fábio Szabo, caso seja comprovado o envolvimento de mais de quatro pessoas no caso, todos responderão por formação de quadrilha. 

O casal também poderá responder por estelionato, já que houve tentativa de tirar dinheiro das famílias e nenhum dos envolvidos passou por perigo. 

As investigações tiveram a participação da Polícia Civil de Santos e Rio de Janeiro e da Polícia Federal. 

A polícia alerta ainda para os casos de simulação de crime. 

"Todos os casos de falso sequestro que passaram pela delegacia foram esclarecidos e os envolvidos estão respondendo pelo crime"”, conclui Fábio.






PS: Pois é... No sábado, 20h 10min,  recebi recado que o casal havia sido encontrado sem entrar em  pormenores, não reproduzi em destaque por estar aguardando mais detalhes:



  1. Respostas


    1. Ainda não consegui localizar informação sobre...
      Se possível, envie...
      Abraço,
      JS
      Excluir



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