terça-feira, 9 de julho de 2013

Eike Batista investigado pela CVM... Engraçada Pirâmide do Eike: só o cabeça leva vantagem enquanto a base se ferra...






DA REUTERS 

As empresas do Grupo EBX, do empresário Eike Batista, estão sendo escrutinadas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que já abriu 16 ou 17 apurações nos últimos trimestres contra o grupo, segundo informou um executivo a par do assunto. 

Com as apurações, o regulador quer descobrir se empresas do grupo, incluindo a petroleira OGX, divulgaram comunicados ao mercado no prazo e com as informações corretas. 

ANP pode obrigar OGX, de Eike Batista, a investir na perfuração de poços Petrolífera de Eike sofre novo revés em planos de exploração 

 "(O objetivo é saber) se (o Grupo X) estava fazendo as divulgações segundo as regras, se ele fez divulgação que não deveria ter feito, isso está sendo apurado", disse a fonte, que pediu anonimato. 

As apurações antecedem as investigações, que por sua vez podem levar a abertura de processos e a punições. 

Mesmo com a queda acentuada dos papéis das empresas, a CVM não pretende acelerar as apurações que ainda não se converteram processos, disse a fonte, acrescentando que, tampouco, a autarquia pretende sugerir alteração da legislação societária para evitar perdas aos minoritários em situações semelhantes. 

As apurações incluem o comunicado na qual a OGX anunciou que firmou com o seu controlador uma opção de venda de até 1 bilhão de reais. 

A autarquia trata o assunto como "análise relativa à operação anunciada no fato relevante de 24 de outubro de 2012". 

Atualmente um processo em andamento contra Eike na autarquia. 

Ele refere-se à divulgação de informações por Eike e executivos das empresas, como o ex-diretor financeiro do grupo EBX e ex-presidente da LLX, Otavio Lazcano. 

Os envolvidos podem ir a julgamento, mas também poderá ser feito um acordo entre as partes para encerrar o processo. 

Outro processo, já encerrado após assinatura de termo de compromisso, apurou possível violação legal nas declarações de Eike e José Olympio Pereira, executivo do Credit Suisse, por ocasião da oferta inicial de ações da OGX, em junho de 2008. 

A CVM ficou ainda mais alerta à situação das empresas do grupo EBX após a renúncia dos três conselheiros independentes da OGX, os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda) e Rodolpho Tourinho (Minas e Energia) e a ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie.  

"Isso mostra que a situação é grave", disse a fonte. 

"Não tem luz mais vermelha para o investidor, para o mercado. Os três eram independentes, pessoas de renome", disse. 

As sucessivas frustrações com a produção e a queima de caixa da OGX têm motivado forte queda de suas ações, contagiando outras companhias de Eike listadas na Bovespa. 

Os papéis da OGX recuaram mais de 88 por cento no ano, enquanto os da mineradora MMX e da empresa de logística LLX acumulam queda superior a 64 por cento no período. 

Consultada, a CVM informou que não se manifestaria sobre investigações sobre o Grupo EBX além do que já informara na semana passada. 

O Grupo EBX também foi consultado, mas não respondeu imediatamente pedidos de comentários. 

Minoritários na Justiça

Paralelamente à movimentação da CVM, acionistas minoritários das empresas estão se organizando para obter mais esclarecimentos sobre o desenrolar da situação do grupo. 

A União dos Acionistas Minoritários das Empresas X (Unax) foi criada na semana passada para unificar a comunicação com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), CVM, agências de avaliação de risco e auditorias externas independentes, entre outras. 

O grupo de minoritários pode tomar medidas judiciais e administrativas, incluindo o pedido de bloqueio dos bens de Eike, dependendo das informações que receber da CVM, disse o advogado do grupo e também investidor nas empresas X, Adriano Sobrosa Mezzomo. 

 "A CVM precisa se manifestar a esse respeito", disse. 

"Queremos informação, a partir da informação clara e precisa, aí sim poderemos informar as medidas judiciais e administrativas que serão tomadas. O bloqueio (dos bens de Eike) está (considerado), dependendo das informações", completou. 

Para a ex-presidente da CVM, Maria Helena Santana, se a hipótese de irregularidade for comprovada, o ideal é que os investidores busquem a Justiça para obter indenização dos prejuízos sofridos e não se contentem com eventual punição aplicada pela autarquia. 

"Isso ajudaria a trazer mais disciplina ao mercado, com efeitos bem mais poderosos de sinalização e de dissuasão", disse. 

 "Mas, se não tiver havido fraude, os minoritários correram risco como o empreendedor correu, como os credores correram, ao investirem em empresas pré-operacionais e que estavam se lançando em projetos complexos com um alto grau de risco intrínseco e de alavancagem financeira", completou. 

Advogados especialistas no ramo societário consideram que a companhia pode ser questionada pelo regulador sobre informações incorretas. 

Mas há poucas chances de que a CVM tome alguma medida específica em defesa dos minoritários. 

 "Todos os investidores conheciam as condições das companhias quando compraram", disse uma advogada que pediu para não ser identificada. 

Alguns acionistas parecem já terem percebido isso. 

O empresário paulista Willian Magalhães criou um perfil no Twitter @minoritariosOGX. Ele já chegou a se reunir com o presidente da petroleira, Luiz Carneiro, e com o diretor de Relações com Investidores, Roberto Monteiro, mas se opõe a ações judiciais contra a OGX ou Eike por acreditar que o risco é inerente ao investimento em ações. 

No próximo sábado, um encontro em São Paulo, com expectativa de reunir até 200 acionistas, vai debater as propostas de inclusão de um representante dos minoritários no comitê fiscal e no Conselho de Administração da companhia. 

"É um momento de união. O movimento busca apoiar a empresa através de sugestões", disse Magalhães à Reuters.


PS: Agora, não vejo problema algum com um dito bilionário afiançar negócio que vendia como confiável que deu chabú, basta Eike pegar seus bilhões e entregar como garantia complementar azulando o capital vermelho da empresa às portas da falência e tudo fica zero a zero... Vamos traduzir para melhor entendimento geral... Em qualquer bolicho de arrebalde o troço funciona assim: o dono garante a prosperidade do bagulho que montou e jurou que diariamente teria cachaça para vender jorrada da guarapa na moenda do seu alambique e caso não caia um gota de pinga na torneira das ilusões ele devolve a grana dos sócios para não tomar porrada... Fora disto é trambique... Dos bons... Algo como eu ser contratado para levar passageiro ao Corcovado e transportá-lo até o teleférico do Complexo do Alemão e querer cobrar a corrida maldita... Não pode... JS






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