quarta-feira, 4 de abril de 2012
Rodrigo Alves Cavalcante, cabo do BPChoque de 33 anos, é assassinado na Rocinha durante patrulhamento
G1
Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), do Batalhão de Choque (BPChoque) e da Coordenadoria de Inteligência da PM fazem, nesta quarta-feira (4), uma operação na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, para identificar e prender o suspeito de matar um cabo do BPChoque durante a madrugada. Cento e cinquenta policiais participam da operação, segundo informou a assessoria da Polícia Militar.
O policial Rodrigo Alves Cavalcante, de 33 anos, foi baleado em um patrulhamento na comunidade. Essa é a terceira morte em menos de dez dias e a nona em quase dois meses na comunidade. A vítima chegou a ser levada por colegas para o Hospital Miguel Couto, na Gávea, também na Zona Sul, mas não resistiu.
O BPChoque informou que o policial e outros PMs faziam um patrulhamento a pé na localidade conhecida como 99, na parte alta da Rocinha, quando foram surpreendidos por quatro homens armados por volta de meia-noite. Após os tiros, os criminosos fugiram.
O caso será investigado pela Divisão de Homicídios (DH), na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Filho de um policial militar da reserva, o cabo Rodrigues será sepultado com honras militares. Ainda não foram definidos o local e a data do sepultamento.
A PM pede a colaboração da população na captura do suspeito. As denúncias podem ser feitas pelos telefones 2332-8486, do setor de inteligência do BPChoque, ou pelo 2253-1177, do Disque-Denúncia. O anonimato é garantido.
Outras mortes
Desde a prisão do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, o controle do tráfico na comunidade é disputado por criminosos de facções rivais.
No domingo (1º), um homem identificado como Alexandre da Cunha Fernandes, de 30 anos, foi morto na localidade Via Ápia. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Na noite de segunda-feira (2), a Polícia Civil informou que o suspeito de cometer o crime já foi identificado por agentes da DH.
Na semana passada, o líder comunitário Vanderlan Barros de Oliveira, conhecido como Feijão, foi morto a tiros quando chegava à associação de moradores. Dias antes, um tiroteio matou quatro pessoas.
Os crimes são investigados pela DH.
Por conta da violência, a Polícia Militar chegou a reforçar o patrulhamento na comunidade, com 300 homens. Mas a Secretaria de Segurança Pública já anunciou que mais 700 policiais, todos recém formados, vão ajudar a patrulhar a favela.
Denúncia de propina
A Secretaria de Segurança também abriu inquérito para apurar suspeitas de pagamento de propinas a policiais na Rocinha
Pela denúncia, os PMs receberiam R$ 80 mil por mês para facilitar a vida de traficantes e não reprimir a venda de drogas em alguns locais da comunidade. Segundo documento da Polícia Civil de fevereiro, os policiais teriam recebido ainda R$ 200 mil de entrada. A venda de drogas estaria sendo feita em pontos escondidos da comunidade, enquanto os PMs fariam o patrulhamento nas ruas principais da Rocinha.
Operação Choque de Paz
A comunidade da Rocinha, além do Vidigal e da Chácara do Céu, foi ocupada pacificamente pelas autoridades policiais no dia 13 de novembro de 2011, durante a Operação Choque de Paz. Segundo o governo do Rio, a ocupação havia sido planejada há vários meses pelo serviço de inteligência das forças de segurança. Cerca de 3 mil policiais participaram da ação.
PS; Caso a Polícia não der uma resposta dura corre risco de perder o controle na Rocinha... JS
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