sexta-feira, 9 de março de 2012

Casal preso por torturar até a morte filho de 1 ano e 3 meses em Itaboraí RJ



Marcello Corrêa


Policiais da 71ª DP (Itaboraí) prenderam um casal acusado de torturar e matar um menino de 1 ano e 3 meses.

A polícia acredita que o crime tenha sido praticado pelo homem, mas a mulher teria se omitido.

O suspeito, de 36 anos, foi encontrado por agentes da delegacia e do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP) em Arraial do Cabo, na madrugada desta sexta-feira.


Os agentes já tinham prendido a mulher, de 22, em casa, na tarde desta quinta-feira, no bairro Bela Vista, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio.

O crime começou a ser investigado depois da morte da criança, em 11 de fevereiro.

De acordo com o titular da delegacia, Welligton Pereira Vieira, a perícia identificou sinais de agressão no corpo do menino, que morreu no Hospital Desembargador Leal Júnior depois de ser internado três vezes, com crises de convulsões.

Quando a criança morreu, os pais não souberam explicar ao médico legista a origem das evidências de espancamento.


A perícia foi concluída essa semana, e a partir das provas, foi expedido o mandado de prisão temporária para o casal.

O delegado acredita que o hospital falhou ao não comunicar as suspeitas de agressão à polícia.

Segundo ele, faltou comunicação entre as instituições.


- Deveria ter uma comunicação mais efetiva. Se soubéssemos mais cedo do caso, teríamos agido mais rapidamente - comenta o titular.

Além do bebê, o casal tem uma filha de 3 anos. A polícia suspeita que ela também seja vítima de maus-tratos.

De acordo com os policiais, ela também tem sinais de agressões, que os pais alegam ser queimaduras de churrasqueira.

A menina foi encaminhada para um abrigo e está sob guarda da Justiça.

Segundo a mãe, ela chegou a procurar ajuda, mas não teve coragem de levar o caso adiante.

- O hospital chegou a me orientar a procurar o Conselho Tutelar. Eles me orientaram a registrar queixa, mas não fui porque tinha medo - diz ela. A jovem destaca também que a relação com o marido era conturbada.

- Ele tinha ciúme de mim com a criança. Batia nele como se fosse homem - relata.

Os dois estão detidos e vão responder pelo crime de tortura seguida de morte. Apesar de alegar não participar das agressões, para a polícia, a esposa foi omissa ao não denunciar o marido e deve responder pelo mesmo crime.

Entretanto, o fato de ela ter confessado a omissão pode atenuar a pena.

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