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O filme ‘Titanic’, baseado no naufrágio de um navio em 1912, foi lembrado no desembarque dos 11 gaúchos que sobreviveram ao acidente marítimo da última sexta-feira (13) na costa da Itália no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. A menção à obra cinematográfica foi uma das primeiras palavras de Neiva Stupmf da Luz, 76 anos, após pisar em solo gaúcho. Foi ela quem organizou e bancou a viagem com 10 familiares.
Neiva conta que realizava o sonho de levar parentes ao cruzeiro. “Vim com a família toda. A viagem estava muito bonita, tudo estava bom. Mas na hora (do acidente), quem assistiu a Titanic sabe o absurdo que foi”, diz a idosa, que deixou pertences pessoais no Mar Mediterrâneo. “Foi tudo na água. Documentos, dinheiro e joias”, acrescentou.
Filho de Neiva, o professor universitário Luis Augusto Stupmf Luz também lembrou o filme, e disse ter aprendido com o fato. “Foi complicado, mas ficam as lições”, disse Luz, antes de ser interrompido por uma das pessoas que esperavam pela chegada do grupo. “Foi cena de Titanic”, acrescentou.
O professor destacou a operação de salvamento que, segundo ele, teve início logo após o naufrágio. “A Cruz Vermelha esteve muito presente. Foi um aparato de guerra. No momento em que o navio sofreu o acidente, já havia Guarda Costeira e helicópteros (no local). Nos deram muito conforto” afirma.
Noiva de Luz, a advogada Lúcia Machado também elogiou o governo da Itália. Agora, ela espera ser ressarcida pelos pertences perdidos. “O governo italiano foi super atencioso. Nos doaram roupas e alimentos. Agora vamos esperar a empresa entrar em contato conosco”, disse Lúcia.
O acidente ocorreu próximo à ilha de Giglio, a cerca de 40 quilômetros da costa italiana. Até pouco antes das 16h, cinco passageiros do navio haviam morrido e outros 15 estavam desaparecidos.
mapa naufragio italia vale esta (Foto: Arte G1)O navio chocou-se contra uma rocha, encalhou em um banco de areia próximo à ilha de Giglio, na Toscana, região central da Itália, teve seu casco quebrado, virou e ficou parcialmente submerso.
O acidente ocorreu a cerca de 40 quilômetros do continente, muito perto da ilha de Giglio.
Havia 53 brasileiros a bordo -47 passageiros e 6 tripulantes-, mas não há notícias de brasileiros entre os mortos, feridos ou desaparecidos, segundo o Itamaraty.
A empresa Costa Cruzeiros, por intermédio de sua assessoria de imprensa no Brasil, deixou disponíveis os seguintes números de telefone para informações sobre os brasileiros, em São Paulo: 55-11-2123-3673 e 55-11-2123-3679.
O comandante do Costa Concordia, o italiano Francesco Schettino, foi detido e interrogado pelo procurador-chefe da localidade, Francesco Verusio.
Antes de ser detido, o comandante Schettino declarou que "segundo a carta náutica, deveria haver profundidade suficiente" no local onde ocorreu o acidente.
Segundo testemunhas, o comandante Schettino foi um dos primeiros a abandonar o próprio navio.
Em entrevista à TV italiana neste domingo, ele negou as acusações e disse que foi o último a deixar o navio.
No total, 12 navios e 9 helicópteros foram mobilizados para verificar se há alguém no mar, segundo o porta-voz da capitania de Livorno, Emilio Del Santos.
A capitania de Livorno, o maior porto da Toscana, anunciou a abertura de uma investigação sobre a causa do acidente e como os passageiros foram resgatados.
A "caixa-preta" do navio, dispositivo com o registro da sua trajetória, já foi encontrada e está sendo examinada. Francesco Verusio, procurador-chefe de Grosseto, disse que o exame deve estar pronto em dois dias.
PS: Engraçado que nenhum vidente de final de ano previu um troço deste tamanhão todo... Deveria! JS
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