Que venham os médicos cubanos!

A gente tenta entender a razão de médicos brasileiros não quererem atender carentes em plantões e igualmente repudiarem que estrangeiros atendam...

Se não tratarmos esta atitude corporativista jaleco imundo como banditismo não nos resta outro sinônimo...

Este protecionismo infame para salvaguardar privilégios da classe médica tupiniquim é de uma desumanidade que extravasa o absurdo...

A classe médica brasileira está contaminada na essência....

O nível de profissionais de medicina no Brasil é medíocre e eles não querem concorrência com melhor padrão...

Médicos brasileiros sabem que os estrangeiros cumprirão plantões e não se deixarão vergar facilmente pelos acordos subterrâneos onde não se trabalha e o holerite chega cheio no final do mês...

Entidades classistas desdenham dos métodos de contratação de estrangeiros, desfazem da capacidade alheia e colocam empecilhos para melhorar o nível péssimo atual...

Nos EUA igualmente houve resistência da classe médica quando ocorreu uma reviravolta por lá cerrando faculdades mambembes e exigindo melhoria na qualidade...

Atualmente 30% dos médicos  em território americano são estrangeiros...

Médicos brasileiros não querem atender e não querem permitir que ninguém atenda...

O famigerado jaleco engomado assassino a não permitir  estrangeiros, mesmo onde brasileiros não querem atuar...

Mas existe razão para não reagirmos à altura contra estes venais da medicina pilantra...

Tememos estes emplumados alvos donos de nossa vida e morte...

Eles tudo podem quando ficamos prostrados como reféns pacientes em seus consultórios ou numa mesa de operação...

Eles podem nos matar sem deixar vestígios...

Médicos brasileiros reclamam de salário de R$ 5 mil/mensais sem nos informam que são para dez ou vinte horas/mês e que eles podem acumular 50 destes bicos já que não comparecem a quase nenhum...

Na semana passada apanhei um médico de hospital público na Zona Sul do Rio de Janeiro a caminho do Aeroporto Santos Dumont...

Melhor eu não estampar o nome dele, do hospital, do seu chefe e da cidade onde ele mora; muito embora ele tenha me contado todos detalhes durante o percurso...

Só não vou cometer a inconfidência em razão que o induzi a contar toda artimanha picareta...

No final da corrida quando confessei que possuo um blog com visibilidade ele entrou em pânico e permaneceu durante mais 20 minutos dentro do táxi já no Aeroporto tentando consertar a lambança e deve ter perdido o voo já que me havia avisado que estava atrasado...

Pois é...

Este cidadão médico vem ao RJ uma vez por semana para dar plantão de 20 horas e não cumpre sequer cinco...

Só passa por aqui para assinar ponto e retorna de avião para uma cidade a menos de 3 horas de carro...

Se vangloriava do feito...

Eu incentivava:

- Tem que levar vantagem mesmo, amigo... Se todo político pode, por que não o médico? ... Vocês tem que impedir que venham estes médicos cubanos para atender pobre...

Ele ria solto...

Disse que um político famoso volta de Brasília, após passar dois dias como deputado federal, quase sempre no mesmo voo dele...

Se eu igualmente contar quem é este político vocês vão matar a charada facilmente da moradia do meu passageiro médico de merda...

Médicos brasileiros querem que permaneçam intocáveis seus empregos públicos que jamais cumprem carga horária para no mesmo tempo real estarem no Copa d'Or, no Quinta d'Or ou em seus consultórios acumulando ótimo atendimento à pacientes que possam pagar ou tenham plano de saúde vip enquanto enfiam em caixões na cova rasa da covardia  a população desassistida...

Quem venham os cubanos...

Quem tragam curandeiros...

Que tragam pajés...

Que tragam batuqueiros...

Quando faltou medicação para soldados feridos na Segunda Guerra, médicos fabricaram comprimidos de açúcar que acabaram amainando a dor dos recortados com ferimentos à bala...

Pacientes querem algum afago, uma medição de pressão arterial, nem que seja de mentira, e dois ou três comprimidos losartanos e/ou uma ou outra sequer palavra de conforto seja em qualquer idioma...





Jorge Schweitzer