sábado, 30 de março de 2013

Crime em frente a Casa Rosa => Presos: Caio Luiz Barros de Lima, o Pacotão, e Henrique de Brito Vieira, o Henriquinho, ... Foragidos: Gabriel Macedo Pires, o Gabiru, de 23 anos, e Pedro Luiz de França Neto, o Japa, de 24 anos






Após prender dois, DH procura dois suspeitos de morte em boate no Rio 

Crime foi solucionado em 12 horas, diz delegado. 

Eles tiveram prisão temporária decretada e responderão por três crimes. 


Alba Valéria Mendonça 
Do G1 Rio



Policiais da Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil, que prenderam na noite de sexta-feira (29) dois suspeitos da morte de Rodrigo Henrique Ribeiro Andrade Chagas, de 23 anos, na saída da Casa Rosa, boate em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio, estão à procura de outros dois suspeitos já identificados e que estão foragidos. 

Caio Luiz Barros de Lima, o Pacotão, e Henrique de Brito Vieira, o Henriquinho, ambos de 22 anos, foram presos no apartamento de Henrique, no bairro da Urca, também na Zona Sul, segundo informou o delegado titular Rivaldo Barbosa, da DH, neste sábado (30), e Gabriel Macedo Pires, o Gabiru, de 23 anos, e Pedro Luiz de França Neto, o Japa, de 24, estão foragidos. 

Eles também teriam participado do crime. 

Na casa de Henrique, a polícia apreendeu R$ 49.950, um cordão de ouro que o próprio preso avaliou em R$ 16 mil, drogas e quatro celulares. 

Ele tem anotações criminais por desacato, desobediência e resistência. 

Já Gabriel, que está foragido, responde por dois crimes ao patrimoniais, roubo, furto e uso de drogas. 

Os quatro suspeitos tiveram a prisão temporária decretada pela justiça e vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, homicídio consumado e três tentativas de homicídio. 

Segundo o delegado Barbosa, eles teriam atirado contra todo o grupo, mas só Rodrigo acabou atingido. 

O delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH, ressaltou que o crime foi resolvido em menos de 12 horas. 

Depois de nove horas de depoimentos de testemunhas e com a análise das imagens de câmeras da região, às16h de sexta-feira (29) os policiais já tinham esclarecido a dinâmica do crime e identificado os suspeitos. 

Rivaldo fez um apelo para que Gabriel e Pedro Luiz se entreguem. 

"Queríamos esclarecer esse crime antes do enterro da vítima. Esse crime é fruto da banalização da violência, que é inaceitável nos dias de hoje numa grande metrópole, como o Rio", disse Barbosa. 

Um Ford Fusion, usado para praticar o crime, também foi apreendido pelos policiais. 

O carro foi usado por Henriquinho, na cobertura aos outros três suspeitos, que estavam em outro carro ainda não encontrado. 

O delegado adjunto Allan Duarte, que coordenou a investigação na noite de sexta-feira, o grupo de Caio, que é da Urca, discutiu com o grupo de Rodrigo, que é de Botafogo. 

Caio deu um soco no rosto de Rodrigo e logo em seguida retirado da boate pelos seguranças. 

Ele contou que discutiu "por bobeira". 

Expulso da boate, ele, Pedro e Gabriel foram à casa de Henrique, na Urca, onde Gabriel pegou a arma, uma pistola 9mm. 

No percurso de volta à Laranjeiras, eles contataram Henrique, que foi escoltando o grupo. 

Ao chegar no fim da madrugada à porta da boate, Gabriel, segundo o suspeito, disparou contra o grupo de Rodrigo. 

"Discutimos por bobeira lá dentro (da boate), porque ele estava encarando. Não sabia que o Gabriel ia atirar, não sabia o que ele ia fazer. Acho triste que ele (Rodrigo) morrer assim do nada. Aconteceu", disse Caio, ao ser apresentado, na delegacia. 

Segundo o delegado Duarte, equipes da DH continuam em diligência para encontrar os dois fugitivos, inclusive fora do Rio. 

Por causa do material encontrado na casa de Henrique, ele também deverá responder por tráfico de drogas. 

Para ele, ainda é cedo para se saber o crime se trata de uma briga de gangues. 

"Ainda estamos investigando a motivação inicial do crime. Como trabalho ainda não acabou é cedo para afirmar que isso é uma briga de gangues", disse o delegado, acrescentando não poder ainda dar informações sobre a arma usada no crime. 

O jovem foi atingido por tiros por volta das 5h da sexta-feira (29) e, segundo testemunhas, ele teria se envolvido numa discussão durante uma festa no local. 

No velório, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, parentes contaram que amigos de Rodrigo haviam afirmado que conheciam o autor dos disparos. O corpo de Rodrigo foi enterrado na manhã deste sábado. 

"Os amigos que estavam com ele foram à delegacia prestar depoimento. Eles moram em Botafogo e disseram que conhecem o assassino da Urca", contou o tio, Anderson Dias. Segundo outro parente, o padrinho Amilton Soares Chagas, o crime foi um engano. 

“Eu fiquei sabendo que parece que esse rapaz que assassinou ele, depois que atirou, falou: 'não era ele', matou por engano, acredito que tenha tido uma briga”, conta Amilton Soares Chagas. 

A vítima vivia com a mãe e o irmão em Botafogo, também na Zona Sul, e sonhava ser sargento do Exército. 

“É a banalização da violência. Pessoas que vão ali pra se divertir, fazer relação e sai dali morto. Não podemos admitir, a população do Rio não pode admitir e tem que se indignar. Indignar significa agir, vá até a Divisão de Homicídios (DH), utilize o disque-denúncia, para que essas pessoas que praticaram essa conduta violenta possam ser presas e responder na justiça”, disse Rivaldo Barbosa, delegado da DH.




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