‘Não fiz sozinha’, diz manicure sobre morte de criança de 6 anos no RJ
Corpo do menino foi encontrado na casa da manicure Suzana de Oliveira.
'As penas somadas passam de 30 anos', diz delegado.
Do G1 Rio, com informações da TV Rio Sul
‘Não fiz isso sozinha’, disse a manicure Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, de 22 anos, após ter sido presa em flagrante na casa onde morava, sobre a morte de João Felipe Eiras Santana Bichara, de seis anos, em Barra do Piraí, na Região Sul Fluminense.
A criança foi encontrada morta dentro de uma mala após desaparecer na tarde desta segunda-feira (25).
A manicure da mãe de João Felipe, Suzana de Oliveira, disse à polícia que não teria cometido o crime sozinha.
O corpo do menino foi encontrado na casa dela.
O caso foi registrado na 88ª DP (Barra do Piraí).
Há dois anos, Suzana frequentava a casa da família da vítima como manicure.
Segundo a polícia, por volta de 14h30 da tarde segunda, a manicure ligou para o Instituto de Educação Nossa Senhora Medianeira, escola onde o menino estudava.
Se fazendo passar pela mãe da criança, a acusada disse que a babá teria se enganado ao levá-lo para a escola porque ele precisava ir ao médico e pediu que João Felipe fosse colocado em um táxi.
Pouco depois, o corpo da criança foi encontrado em uma mala dentro da casa da manicure.
De acordo com a polícia, Suzana teria levado a menino para o Hospital São Luiz, no Centro da cidade, e o asfixiado.
As investigações só foram iniciadas depois que a mãe de João Felipe foi à escola buscá-lo no fim da tarde.
Para não gerar suspeita, Suzana chamou um outro taxista para levá-la em casa.
Só que como durante o trajeto, o menino não abriu os olhos, nem se mexeu, o taxista achou estranho e avisou à polícia.
A mala encontrada, bem como toalhas, que teriam sido usadas para asfixiar a criança, foram encaminhadas para a perícia.
A acusada prestou depoimento e as investigações vão continuar.
O delegado acredita que o motivo tenha sido vingança.
"Não tem uma lógica matar uma criança de seis anos de idade, a não ser atingir seus pais. Não tem motivo para rasgar roupa do morto, cortar e jogar no lixo. E, além disso, como se não bastasse, ainda ocultou o cadáver dentro de uma mala. Isso é inadmissível. Portanto, as penas aí somadas, com certeza passam de 30 anos", disse o delegado José Mário Salomão Romena.
A família da criança, que é dona de uma imobiliária na região, usou a página do Facebook para pedir informações sobre João Felipe enquanto ele estava desaparecido.
Após a morte ser confirmada, uma foto ilustrando o luto dos parentes foi colocada na página.
Muito abalada, a família não quis dar entrevista.
Moradores indignados
Os moradores da cidade estão indignados com o caso.
“Eu tenho 35 anos, fui nascida e criada em Barra do Piraí, nunca aconteceu isso aqui. Não existe uma pessoa matar uma criança de seis anos”, disse uma moradora.
Velório
O corpo da criança foi velado na manhã desta terça-feira (26) na Capela Bom Jesus, no Centro de Barra do Piraí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário