Polícia investiga abuso sexual contra filho de PM dentro de colégio militar em SP
Guilherme Balza
Do UOL, em São Paulo
Policiais civis do 12º Distrito Policial (Pari) investiga denúncia de abuso sexual praticado contra o filho de um policial militar dentro do colégio da Polícia Militar no Pari, região central da capital paulista, no último dia 11.
O crime teria sido cometido por um inspetor escolar.
O pai da vítima, o soldado C. R. S., 39 --ele preferiu não se identificar--, disse ao UOL que o abuso ocorreu por volta de 8h30, em um dos corredores do colégio, quando o estudante deixou a sala de aula para beber água.
O jovem R. R. S. tem 12 anos e cursa o 8º ano do ensino fundamental.
O delegado Éder Pereira da Silva conversou por telefone com a reportagem e disse que já relatou o inquérito à Justiça.
Ele afirmou que colheu depoimentos de várias testemunhas, como professores, alunos, o coordenador do colégio, além da vítima. Silva, entretanto, não quis dar detalhes sobre as investigações por considerar o caso "sigiloso".
O caso está sendo investigado como "estupro de incapaz". Segundo o soldado, que descreveu o relato feito a ele pelo filho, o inspetor teria agarrado o adolescente à força, o tocado nas partes íntimas e o beijado na boca.
Em seguida, o estudante, em choque, teria voltado para a sala de aula.
Minutos depois, o inspetor foi chamado pela professora para conduzir à diretoria outro estudante, que havia acabado de levar uma advertência.
O PM afirmou que o inspetor pediu à professora que R. R. S. fosse junto com o colega porque também tinha participado da ação que motivou a advertência --embora, segundo o denunciante, seu filho não tivesse participado da ação.
De acordo com o soldado, no meio do caminho até a diretoria, o inspetor liberou o outro estudante para ficar a sós com o adolescente.
Em seguida, teria novamente agarrado o estudante e tentado levá-lo para o banheiro.
O PM afirmou que seu filho ficou "transtornado", mas conseguiu fugir do inspetor.
Segundo o soldado, o adolescente, com medo, relatou o abuso a um amigo, que lhe confidenciou também ter sido assediado pelo inspetor.
Ambos decidiram ir até a diretoria e relataram as agressões.
O PM afirmou que foi chamado pela direção da escola por volta de 12h. Depois, ligou para policiais da 3ª Companhia do 13º Batalhão, que conduziram o inspetor até o 12º delegacia.
Ainda de acordo com o policial militar, o assédio do inspetor ao seu filho havia começado cerca de três semanas antes.
"Ele me contou depois que o inspetor ficava passando a mão nele, fazendo carícias no peito, na barriga, dizendo que meu filho está bonito."
O inspetor é um prestador de e não pertence aos quadros da PM.
Após a denúncia, ele foi transferido para uma outra unidade, em função na qual não mantém contato com os estudantes.
O soldado teme que o episódio exponha seu filho.
"Estamos vendo de mudar ele pra outra unidade do colégio da PM, que fique bem afastada. Não vou deixá-lo voltar para lá [unidade do Pari]."
O PM, entretanto, diz que quer tornar o caso público para evitar que incidentes como esse se repitam.
"São 10 mil alunos nos colégios da PM. Quem garante que isso é um caso isolado, que nunca aconteceu? A criança fica constrangida a denunciar. De repente essa denúncia pode trazer à tona outros casos", afirma.
Ao tomar conhecimento do caso, o delegado Éder Pereira da Silva decidiu encaminhar o caso para a Central de Flagrantes do 8º DP, por acreditar que o delito foi constatado em flagrante.
O delegado do 8º DP, por sua vez, não viu flagrante no caso e devolveu as investigações para o 12º DP. Outro lado Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da PM afirmou que o "Colégio da Polícia Militar é uma autarquia desvinculada da estrutura da estrutura administrativa da instituição".
A direção da escola também foi procurada pela reportagem, mas, por volta de 18h15 dessa terça-feira (19), não havia nenhum responsável para comentar o caso.
Acho isso uma injustiça ninguém tem prova contra isso, ninguém sabe se o aluno esta falando a verdade ou não.
ResponderExcluirConcordo plenamente com o primeiro comentário, sou mãe de alunos
ResponderExcluirdo colégio e trabalho no transporte escolar, conheço o inspetor e não acredito nessa história. Deus e fiel para mostrará a verdade.
Pedófilos são psicopatas e psicopatas são extremamenteanipulafores, envolventes e "queridos" por quem ainda nao experimentou suas maldades!
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