segunda-feira, 25 de março de 2013
O Bruxo na Chuva
Têm dias a toa que perco o jogo de palavras em brasa...
No meu asfalto fumegando em ralo de sol...
No som do quintal na rotina...
Necessito de todas minhas avenidas...
Acelero...
Primeira, segunda...
Freio...
Terça, quarta...
Escrevo...
Quinta, sexta...
No retrovisor sábado e domingo..
Olho a tela de todas almas que me expiam...
Nem leio o que escrevo...
Non ducor duco...
Na verdade só não sou conduzido...
Danço sem deus no crepúsculo solitário na marcha de Wagner ou do Toreador em movimento...
De braços abertos...
Feito epilepsia...
Minha planta da soleira esquerda inchada por vassouras de bruxa esvoaçadas...
Vou até o final...
Jorge Schweitzer
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