"Quantas vezes nos indignamos quando sabemos de casos de agressões a colegas, profissionais como nós.
Mas não nos indignamos o suficiente por acharmos que ainda está muito distante...
De repente, chega a nós.
O corpo dói.
Mas a dor vai passando com gelo, analgésico, remédios...
O coração, este fica tão apertado que parece que sobra espaço em torno dele de tão pequeno.
Este espaço é preenchido com dor.
Que não tem remédio.
A alma fica endurecida.
Parece que sai do nosso corpo...
A pele dói.
O sangue circula doendo.
Os membros movem-se doendo.
Perdemos o chão.
Não temos onde nos agarrar.
Só o carinho dos amigos (conhecidos ou não) é que nos conforta.
Sofremos nós, nossos parentes, nossos amigos, nossos companheiros.
Sofre uma sociedade inteira que vive temerosa porque não temos quem nos proteja.
O agressor sai de cabeça erguida, olhando para trás e rindo.
Não só do agredido, mas de cada um de nós.
Ri daquele que foi empurrado, xingado, ameaçado, chutado, socado.
Ri daquele que o tirou e tentou mostrá-lo o erro.
Ri do erro...
Ri de quem não deveria mais permitir o erro.
Ri da sociedade que fica refém enquanto ele continuará empurrando, xingando, ameaçando, chutando, socando...
Ri do sangue que escorreu, do rosto que machucou, da alma que feriu.
Apenas sai, impune, e olha para trás, e ri.
Para mais adiante deixar refém mais muitos.
Quem somos nós, Educadores?
Pois eu sei quem somos nós:
Somos aqueles de quem ri o que sai impune, olhando para trás e rindo.
Será que serei só mais uma?
Ou a última?"
PS: Pois é, não basta somente transferir de escola o agressor e ficar tudo por isto mesmo... Resta punição tão pesada quanto a Lei permita incluindo reclusão em entidade de ressocialização... Se este adolescente não sentir a mão pesada da Justiça a sociedade estará germinando mais um ovo da serpente onde através das finas membranas já possível antever o que nos aguarda... JS
No seu artigo, Lula é *difu*, 10/dezembro/2008, no site Usina de Letras, Carlos Reis, dentre outras coisas, escreveu;
ResponderExcluir"Lula está deixando o povo brasileiro com a sua cara, a sua fuça, a sua carantonha vulgar e baixa. A nossa tão propalada "macunaimidade" era regional, pontual. Com Lula ela virou instituição nacional permanente."
A crônica completa está aqui;
http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=4657&cat=Reda%E7%E3o&vinda=S