segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os auditores, com ar de paisagem, do Banco PanAmericano...

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Qualquer sorteio boboca na TV aberta tem um sujeito ao lado, de paletó e gravata, que não combina com o cenário...

É uma figura com ar tenso e circunspecto, que a única função é olhar o papel retirado da urna e balançar a cabeça afirmativamente...

Aquele cidadão com ar de paisagem chama-se auditor...

A idéia é esse auditor passar credibilidade no palco das imagináveis maracutaias...

Porém, o histórico retrospecto recente do universo das auditagens tem revelado que esta máquina de pilhar falcratruas tem se tornado parceira útil dos investigados...

Os títulos de hipotecas americanas no episódio do Sub-Prime receberam avaliação de risco nulo pouco antes do desmoronamento em dominó do sistema financeiro imobiliário nos EUA...

A implosão dos bancos asiáticos juntou-se a calcinação da Enron e a crise recente de Wall Street sem que auditores se movessem da cadeira para avisar com antecedencia que havia sinais de fumaça onde já era incendio...

No episódio do Banco PanAmericano os desvios criminosos só foram detectados pelo Banco Central, pelo crivo dos auditores passou tudo como perfeito...

Sei não?!

Melhor não confiar mais nos sorteios que tenham auditor como garantia de lisura da operação seja do Baú da Felicidade ou do Caminhão do Faustão...





Jorge Schweitzer








Um comentário:

  1. Programaa de Tv's com sorteio com auditores ou não, eu tô fora!!!
    Ficam com "ar de paisagem" mesmo....kkkkkk...vc é demais, Jorginho!

    Micaelle.

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