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Com a aprovação do pacote de reformas econômicas na Itália, Silvio Berlusconi renunciou o cargo como premiê no final da tarde deste sábado (12), conforme havia prometido no início desta semana. O pedido de demissão foi entregue ao presidente do país, Giorgio Napolitano.
Berlusconi, que fracassou em garantir a maioria parlamentar numa votação crucial na última terça-feira (15), prometeu renunciar quando o Parlamento aprovasse a lei, exigida por parceiros europeus para restaurar a confiança dos mercados nas combalidas finanças públicas da Itália.
O chefe do governo italiano reconheceu neste sábado ante um grupo de jornalistas que ficou sentido pelas vaias que recebeu após a votação do Parlamento, que abriu as portas para sua renúncia.
"Foi algo que me doeu profundamente", disse ele cercado por dirigentes de seu partido, o Povo da Liberdade, pouco antes de se dirigir ao Palácio do Qurinal, sede da presidência da República, onde deverá apresentar sua renúncia.
A saída do premiê abre espaço para a formação de um governo de emergência e promete colocar ponto final em um período marcado por escândalos no país desde o pós-guerra.
A expectativa é de que Napolitano dê a Mario Monti a tarefa de formar um novo governo para fazer frente à crise financeira, que elevou os custos de financiamento da Itália e ameaçou provocar uma emergência em toda a zona do euro. Espera-se que o substituto escolha um gabinete relativamente pequeno formado por especialistas tecnocratas para tirar a Itália da crise.
Como não há perspectivas de novas eleições até 2013, o governo tecnocrata teria cerca de 18 meses para aprovar dolorosas reformas econômicas, além de garantir apoio da maioria do Parlamento italiano. Caso contrário, poderá cair antes mesmo deste prazo.
Com uma dívida pública de mais de 120% do PIB (Produto Interno Bruto) e mais de uma década de crescimento econômico anêmico, o país está no centro da crise de dívida da zona do euro e é grande demais para o bloco monetário socorrê-lo.
sábado, 12 de novembro de 2011
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