terça-feira, 29 de novembro de 2011
Então...
'Perguntais-me como me tornei louco.
Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido...
Despertei de um sono profundo...
Notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas
– as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas –
Corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando:
“Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim...
Alguns correram para casa, com medo de mim.
E...
Quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou:
“É um louco!”
Olhei para cima, para vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras.
E, como num transe, gritei:
“Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura:
A liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido.
Pois, aquele que nos compreende...
Escraviza alguma coisa em nós. '
O Louco
Gibran
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Pois é... Os loucos são seres de excesão, muitas vezes de mentes brilhantes, e o loucos também amam.
ResponderExcluirQuando eu tiver um tempinho vou redigir um pequeno texto sobre a loucura.
MD