quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Elias Gonçalves - ex-PM acusado de matar a tiros João Roberto Soares, 3 anos - acaba de ser absolvido
Rodrigo Vianna
Do G1 RJ
O ex-policial militar Elias Gonçalves, acusado de matar em 2008 o menino João Roberto Soares, foi absolvido na noite desta quinta-feira (24), no Rio.
A decisão foi dada pelo júri popular, em sessão iniciada nesta tarde. Ainda cabe recurso à acusação.
João Roberto foi morto a tiros dentro do carro em que estava com a mãe, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A Promotoria diz que policiais militares deram os disparos que vieram a matar o garoto. Na época, policiais disseram que estavam atrás de supostos criminosos quando atiraram.
Durante a audiência, Elias se declarou inocente. Afirmou que fez apenas um disparo para o chão na noite da morte do menino. E acusou o outro ex-PM que estava na viatura de ter efetuados os disparos que matou a criança.
Elias foi acusado por homicidio qualificado e duas tentativas de homicídio qualificado.
PM diz que foi pressionado para mentir
Ao responder os questionamentos do promotor do Ministério Público, Elias disse que mentiu quando respondeu ao processo administrativo. Segundo o MP, o discurso dele nesta quinta foi diferente.
Elias alegou que mentiu porque foi pressionado pelo outro PM acusado. "Houve uma pressão por parte dele e hoje estou mais à vontade para falar toda a verdade. Eu estava com medo, pressionado", alegou.
Segundo o promotor, no primeiro depoimento prestado, no Inquérito Policial Militar (IPM), o ex-PM teria dito que efetuou o disparo na roda do veiculo. Já na delegacia, de acordo com o promotor, Elias disse que o disparo foi feito na direção de supostos criminosos. E, nesta quinta-feira (24), ele afirmou que atirou em direção ao chão.
O promotor também ressaltou que os policiais já sabiam que o modelo do carro procurado pela policia era um Fiat Stillo e o carro atingido foi um Palio Weekend. Ele ainda afirmou que o outro ex-PM acusado, cabo William, em seu julgamento disse que efetuou apenas dois disparos ao ser interrogado. O carro foi atingido por 17 tiros no total.
Defesa mostra documento
A defensoria pública apresentou um documento que diz ter obtido com a Polícia Militar, que, alegou, ser o registro de gasto de munição de cada policial. De acordo com a defesa de Elias, o colega dele gastou 21 balas, enquanto Elias apenas uma. O documento estaria assinado por um capitão e pelos dois acusados.
Há ainda a alegação de que o menino João Roberto morreu com três fragmentos de projétil. E que projétil de pistola não fragmenta, segundo a defesa, apenas o de fuzil, arma carregada pelo outro policial militar.
Ex-PM chorou ao lembrar da filha
"Me abriguei próximo ao carro, com a arma voltada para baixo, como aprendi, tentando localizar o veículo dos marginais. Depois fui saber que eles já tinham saido. Ouvi tiros e fui para trás do poste. William (o outro ex-PM acusado do crime) gritava 'a porta, a porta' e eu olhando para frente. Eu efetuei um disparo, para ver se tinha revide. Fiquei esperando e nada. Foi quando a senhora Alessandra jogou a bolsa. Mas eu não atirei no veículo, eu atirei para o chão, um tiro de intimidação", disse Elias.
Ele afirmou que o outro então PM portava um fuzil e uma pistola, enquanto ele carregava apenas uma pistola. Elias Goncalves chegou a chorar ao falar da filha, que na época tinha 3 anos e fez aniversário dias após o crime.
Ele foi o terceiro a prestar depoimento nesta tarde. Primeiramente o juiz ouviu a mãe de João Roberto, Alessandra Amorim Soares, que afirmou não ter ouvido nenhum disparo antes do fato ocorrido. Em seguida falou o Relações Públicas da PM, Rogério Leitao. Ele afirmou que os PMs deixaram de cumprir alguns princípios.
PS; João Roberto Soares, 3 anos, acaba de ser fuzilado pela segunda vez... JS
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Tento comentar o que a gente sente ao ler uma notícia dessas. Tento imaginar o desespero da mãe. Mas é impossível. Vem uma sensação de total impotência e tristeza diante de mais uma situação absurda.
ResponderExcluirSerá que o povo brasileiro não merece coisa melhor??
O assassinato dessa criança pela total incompetência desse ex-PM e agora a absolvição do assassino mostra como nossas instituições são FRACAS, INCOMPETENTES, RUINS, MEDÍOCRES.
Só o que funciona nessa merda é a corrupção generalizada e os conchavos desses abutres que dominam os cargos públicos por todo o país.
Otávio
A unica punição aplicada é para a família da criança que teve sua vida dilacerada após o seu falecimento.
ResponderExcluirEssa absolvição deve ser um prato cheio pra assassinos de crianças,pois estão protegidos por não sei quem? Isso é que dá margem pro assassino de JOANNA dizer que não vai dar em nada, pois ele sabe como é o corporativismo nesse país de merda que só defende seus próprios interesses, enquanto a sociedade não der um basta vai continuar tudo como sempre foi, quem tem padrinho não morre pagão, coitados de nós trabalhadores simples sem qualquer apadrinhamento,penso na família de tantas crianças mortas e que3 os culpados estão soltos e rindo da cara dos familiares que anseiam por justiça.Por favor façam alguma coisa? Não deixem impunes assassinos rodando pelas ruas debochando de nossa fragilidade penso que ainda temos que confiar na justiça,não deixem que a morte da JOANNA seja mais um caso que termine assim QUEREMOS JUSTIÇA.
ResponderExcluirDevería sim de existir pena de morte no Brasil se esse pais fosse um pais sério esses ex policias teriam q estar morto e nao vivo corruptos e safados... eu tenho fé em Deus q algúm día eles paguem com a propia vida, e tb os familiares como mulher pai mae e irmao q defenem um monstro desses devería de sentir vergonha pela familia e na defender esses vagabundos assasinos. Pena de morte já e tb deveriam de dar pena de morte a esses juris vagabundos eu tenho vergonha de ser brasileiro por isso nao moro mas nesse país de merda
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