sexta-feira, 1 de março de 2013

José Elias da Cruz, pastor evangélico de 53 anos, é preso por molestar sexualmente adolescentes durante cultos em Franca SP






Pastor acusado de abuso sexual durante rituais é preso em Franca 

Autor(a): Priscilla Sales Função: Repórter 
Foto(s): Marcos Limonti/Comércio da Franca 

Com rosto coberto, pastor ignorou a imprensa ontem na DDM 

O pastor José Elias da Cruz, de 53 anos, acusado de abusar sexualmente de quatro fiéis (duas delas menores de idade) da Igreja Paz no Vale, no Jardim Redentor, está preso. 

Sua prisão preventiva foi decretada na manhã de ontem pela Justiça. Desde que as denúncias vieram à tona, há quatro dias, os investigadores da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Franca vinham tentando localizá-lo, mas sem sucesso. 

Ontem, José Elias, que estava na casa de um de seus fiéis no Jardim Ângela Rosa, resolveu se apresentar à polícia depois de uma negociação entre a delegada Graciela Ambrósio David, responsável pelo caso, e o advogado Braz Porfírio Siqueira. 

“Ele colocou como condição que não houvesse nenhum familiar aqui (delegacia) nem profissionais da imprensa”, disse a delegada. 

Era perto das 13 horas quando o pastor chegou à DDM em uma viatura da polícia acompanhado por seu advogado. 

De terno azul marinho, José da Cruz evitou o contato com a imprensa e cobriu o rosto para não ser fotografado. 

Segundo os policiais que efetuaram sua prisão, ele estava tranquilo. 

No trajeto até a delegacia, conversou com o advogado e não esboçou qualquer emoção. 

Na DDM, o pastor foi levado direto para a sala da delegada, onde foi interrogado por pouco mais de uma hora. 

“Ele negou todas as acusações. Disse que é inocente”, afirmou a delegada. O pastor admitiu conhecer todas as quatro supostas vítimas, mas disse que nunca molestou nenhuma delas. 

“Segundo o depoimento do pastor, elas nunca estiveram na casa dele. Ele disse que não era costume levar grupos de jovens para orarem dentro de sua residência, que isso nem era permitido pela igreja”. 

José Elias também negou que frequentasse a casa das vítimas. 

“Ele disse que só ia à casa dos fiéis quando eles o chamavam e que, no caso das duas menores, nunca havia ido à residência em que elas moram com os pais”. 

Ele ainda negou que fizesse rituais para libertar as garotas de espíritos como o da sensualidade ou da rebeldia. 

“Ele afirma que orava para elas sempre libertadas de todos os males e que fazia isso na igreja, na frente de outros fiéis, que em momento algum ficou sozinho com as vítimas”, disse a delegada. 

 Sobre os rituais feitos por ele, o pastor contou que consistiam apenas em uma benção. 

“Ele disse que passava óleo nas mãos e tocava apenas a testa das mulheres, que não tocou o corpo de nenhuma delas”. 

]José Elias contou que veio para Franca porque já havia trabalhado na cidade há alguns anos. 

“Ele falou que atuou em uma casa de recuperação de drogados ligada à Igreja da Recompensa e que gostava daqui por isso teria se mudado”. 

Apesar de se autodenominar pastor, José Elias não apresentou nenhum documento que comprovasse sua formação religiosa. 

“Ele disse possuir a carteirinha de uma associação, mas não a apresentou”. 

O pastor admitiu que já esteve envolvido em alguns crimes em Itaú de Minas, sua cidade natal. 

“Ele disse que já esteve preso, mas que isso ocorreu há 20 anos. Disse ter sido usuário de drogas.  Sobre os crimes de estelionato, ele falou que houve um engano e que a Justiça já o absolveu.  Ele afirmou ter respondido a 11 processos criminais”, disse a delegada, que deve agora confirmar as informações junto à Polícia de Minas Gerais e à Justiça. 

Cruz não soube explicar porque as quatro supostas vítimas o teriam denunciado à polícia. 

“Ele disse que não fez nada contra elas e que não entende a atitude que tomaram”. 

Sobre o fato de não ter procurado a polícia antes, ele disse que vinha sendo ameaçado por amigos e parentes das vítimas e que, por isso, se manteve na casa de um fiel. 

Depois do interrogatório, José Elias foi conduzido pelos policiais da DDM para a Cadeia do Guanabara, onde aguardaria uma vaga no sistema prisional do Estado. 

Na saída da delegacia, cruzou com o pai de duas supostas vítimas, mas não esboçou reação. 

Novamente recusou-se a falar com a imprensa. 

Com o rosto completamente coberto por uma blusa de lã, repetiu a todo momento: 

“Não tenho nada a declarar”. 

Em sua chegada à cadeia, recebeu o apoio de um grupo de dez mulheres que gritavam palavras de incentivo, como força e coragem. 

Segundo a delegada Graciela Ambrósio, agora ela terá dez dias para concluir as investigações e apresentar o caso aos promotores de Justiça. 

José Elias permanecerá preso. 

No início da noite, seu advogado informou que deve ingressar nesta sexta-feira com o pedido de liberdade provisória.


PS: Colégios e igrejas são instituições propícias à pedófilos tentarem aproximação das suas vítimas... Deveria existir um cadastro nacional de pedófilos(as) para que eles sejam excluídos de convívio com jovens e crianças já que são normalmente reincidentes... Assim que este 'pastor' for solto novamente irá praticar crime semelhante já que este tipo de deformado contém sociopatia congênita  que só a morte cura ... JS








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