sexta-feira, 11 de março de 2011

Carlos Maciel, diretor do Instituto Fernandes Figueira, afirma que dá apoio à mãe do bebê com perna amputada, ela desmente...

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Aluizio Freire
Do G1 RJ


Mãe e avó de bebê que teve a perna amputada
aguardam notícias da criança no saguão do
hospital nesta sexta (11)
(Foto: Aluizio Freire/G1)

Ainda em estado de choque, Karen Caroline da Silva, a mãe do bebê que teve uma perna amputada após ser queimada durante uma cirurgia, negou nesta sexta-feira (11) que esteja recebendo qualquer ajuda do Instituto Fernandes Figueira (IFF), onde o recém-nascido permanece internado no berçário de alto risco.

Mais cedo, durante uma entrevista coletiva no IFF, o diretor da instituição, Carlos Maciel, afirmou que a mãe da menina estava recebendo todo o apoio necessário, inclusive com a atenção de assistentes sociais, psicólogos e equipes médicas.

“Estou aqui todo dia e nenhuma assistente me procurou. A única coisa que me deram foi um Riocard (bilhete eletrônico de ônibus) no valor de R$ 40, que já acabou”, disse a mãe do bebê, de 20 anos, que voltou a afirmar que pretende processar o hospital.

Cestas básicas

Já a avó da criança, Maria da Penha, de 45 anos, reagiu indignada ao saber que o médico responsável pela cirurgia de sua neta, que resultou na amputação da perna do bebê de 18 dias, pode pagar a pena por erro médico com fornecimento de cestas básicas.

Isso me deixa descrente da Justiça, de tudo. A vida dela não pode valer só isso. Minha neta ia operar a cabeça e perdeu a perna"Maria da Penha, avó do bebê“Isso me deixa descrente da Justiça, de tudo. A vida dela não pode valer só isso. Minha neta ia operar a cabeça e perdeu a perna”, disse a avó, em prantos, ao chegar ao hospital, no Flamengo, na Zona Sul do Rio.

O delegado Pedro Paulo Pontes Pinho, titular da 9ª DP (Catete), que participou da entrevista no hospital, disse que a equipe de peritos ainda está colhendo informações técnicas e que aguarda o resultado do laudo, que deve sair nos próximos dias.

Ele solicitou que a criança fosse submetida a exame de corpo de delito e requisitou à direção do IFF o prontuário médico de atendimento ao bebê.


Placas descartáveis

“A culpabilidade da equipe médica depende do laudo. Porém, fomos informados que, durante o procedimento cirúrgico, essa chapa tem que estar em contato com o corpo do paciente”, afirmou o delegado.

“Ela funciona como uma espécie de aterramento. E é inerente ao trabalho de cirurgias com o uso de bisturi elétrico”, acrescentou o diretor da unidade, Carlos Maciel.

O médico informou ainda que as chapas usadas pelo hospital são descartáveis, mas não garantiu se tal procedimento foi adotado pela equipe. “Vamos aguardar o fim da investigação e a conclusão do laudo para ter essa resposta”, disse.

O delegado pediu também à direção do hospital todo o histórico de utilização do equipamento usado na cirurgia da criança.

O bebê nasceu no Instituto Fernandes Figueira no dia 21 de fevereiro e, desde então, permaneceu internado com quadro de hidroanencefalia grave que, segundo os médicos, é quando o paciente “não possui os hemisférios cerebrais, que são substituídos por sacos de líquidos cerebroespinhal”.

De acordo ainda com os médicos, no dia 1º de março a criança foi submetida a uma neurocirurgia. Mas, durante a cirurgia, a equipe observou a queimadura na perna direita, onde estava a placa para uso do bisturi elétrico.

Devido alterações no fluxo sanguíneo do membro lesionado, a perna da criança foi amputada no dia 7 de março.



PS: Atenção, Dr. Carlos Maciel, muita atenção... O senhor não me conhece, mas logo logo vai conhecer se for necessário; melhor não brincar com o sofrimento alheio, Dr. Carlos Maciel... Eu gosto mesmo é de pegar a coisa quando a mídia ainda não se interessou totalmente... Desdenhar somente porque o senhor acredita que não irá dar em nada por tratar-se de uma pessoa pobre pode ser um atalho perigoso onde o senhor irá encontrar algumas pessoas a lhe questionar pelo caminho... Melhor não apresentar performance na frente das câmeras e tratamento antagônico com a mãe que está sofrendo... Dr. Carlos Maciel, o senhor conhece a fábula do menino e o passarinho? O senhor já viu um filme sobre um cozinheiro de um navio sequestrado? Melhor não... Jorge Schweitzer

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