terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sandra Gomes Bacelar, 35 anos => Mulher joga álcool líquido no filho de 10 anos e acende fósforo




Kleber Tomaz

Do G1 SP


A Polícia Civil indiciou e prendeu em flagrante uma desenhista de 35 anos suspeita de torturar e tentar matar o próprio filho, um estudante de 10 anos, durante a madrugada desta terça-feira (22) na Zona Leste da capital paulista. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 24º Distrito Policial, em Ermelino Matarazzo, Sandra Gomes Bacelar, agrediu, jogou álcool líquido e acendeu um fósforo no menino, que teve 30% do corpo queimado. Ele sofreu ferimentos no rosto, tórax, barriga, braços e pernas. Segundo os policiais, o garoto corre risco de morrer. Ainda de acordo com a polícia, não cabe fiança em relação à prisão.

Este foi o segundo caso de violência doméstica registrado no 24º DP nesta semana. No fim de semana, um pai foi preso por suspeita de matar o próprio filho.

saiba maisMulher é detida suspeita de atear fogo no próprio filho, diz PM

Na delegacia, Sandra negou os crimes e alegou inocência. Ela disse que o garoto ia fazer um trabalho de escola com álcool, mas quis chamar a atenção e se queimou sozinho. “Foi um acidente doméstico”, afirmou Sandra ao G1, enquanto era transferida algemada para a Penitenciária Feminina de Santana, na Zona Norte de São Paulo. Ela estava com o braço direito enfaixado por conta de uma queimadura. “Eu me machuquei ao tentar apagar o fogo nele”.

Segundo o delegado adjunto Renato Batista de Oliveira, a criança foi transferida de um hospital em Ermelino para outro que trata de queimados no Tatuapé, também na Zona Leste. “Os médicos disseram que o garoto corre risco de morrer porque o estado de saúde dele é grave. Existe risco de infecção por conta dos machucados”, disse Oliveira nesta tarde. O boletim informa que por conta dos machucados, ele teve ferimentos internos que comprometeram seu aparelho respiratório.

O motivo do crime ainda é investigado e dependerá do resultado de laudos técnicos do Instituto Médico-Legal (IML) e do Instituto de Criminalística (IC). Policiais que falaram com a mulher afirmaram que ela chegou à delegacia apresentando sinais de embriaguez. Apesar disso, nenhum exame de dosagem alcoólica foi feito nela para comprovar a suspeita.

O caso foi descoberto após uma vizinha da desenhista ligar para a Polícia Militar relatando uma briga na Vila Esperança. Chegando ao local, os PMs encontraram o padrasto do menino socorrendo a vítima, que estava queimada, em seu carro. “Salva meu filho, salva meu filho”, teria dito o comerciante, segundo relato dos policiais no boletim. “Eu estava dormindo e minha mulher jogou fogo no meu filho”. A reportagem do G1 não conseguiu localizar o padrasto para confirmar as declarações do boletim.


Como o homem aparentava sinais de que teria bebido álcool, um dos policiais dirigiu o veículo do padrasto com seu enteado até um hospital em Ermelino Matarazzo. Ainda de acordo com a PM, enquanto isso, outro policial entrou na residência e viu a mãe do garoto com a mão queimada ao lado da filha de 3 anos. A menina estava ilesa, mas a mulher estava em estado de choque falando que seu filho havia jogado álcool no próprio corpo e ateado fogo.

Posteriormente, a menina afirmou que a mãe havia queimado o irmão dela, segundo a PM. “Tia, a minha mãe pôs fogo no meu irmão, mas ele vai ficar bem”, informou a vizinha denunciante em seu depoimento à polícia. No hospital, o menino também confirmou a versão da irmã, segundo a ocorrência.

Diante disso, os policiais detiveram a mulher a levaram para um hospital, onde ela fez um curativo na mão, e seguiu para o 24º DP. Segundo o delegado, não cabe fiança para que ela responda ao crime em liberdade. “O que essa mulher fez é muito grave”, disse Oliveira. Ela não tinha passagens pela polícia.

"Minha filha tem 3 anos de idade, não sabe o que diz", rebateu Sandra dentro do carro da polícia.
O padrasto do menino ferido ficará com a guarda provisória da menina, já que ela é filha dele com a desenhista. O garoto queimado continuará no hospital e sua guarda deverá ser definida pela Vara da Infância e Juventude. O pai biológico dele morreu. Uma conselheira tutelar acompanhou a elaboração do boletim de ocorrência e irá encaminhar informações para um juiz e promotor.


Um comentário:

  1. Prá onde caminha a humanidade????

    Todos tem os mesmos direitos não é...Deveríamos jogar alcool nesta pessoa e acender um fósforo do mesmo jeito que fez com o filho...São todos valentes com crianças indefesas não é? Deveríamos também deixar dois adultos amarrados sobre fezes e urina...sem alimentos...de camiseta no frio do inverno...sobre um tapetinho assim ó....Tomando banho gelado...e sabe-se lá mais o quê...Será que acabaríamos com tanta brutalidade...!!!????

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