terça-feira, 17 de maio de 2011

Veronica Verone de Paixa Vs Fábio Gabriel Rodrigues: A Loira da Lapa e o Tio Fábio

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Paolla Serra

A história de Verônica Verone de Paiva, de 18 anos, e Fábio Gabriel Rodrigues, de 33, terminou com a morte do empresário enforcado pela estudante, na madrugada do último sábado. A sucessão de amores e ódios que desembocou no assassinato, numa suíte de motel em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói, todavia, começou há 16 meses, em Itaipuaçu, distrito de Maricá.

Moradores de ruas paralelas, os dois se conheciam há alguns anos. Em janeiro de 2010, engrenaram um romance. Ele, herdeiro de um lava a jato, casado há oito anos e pai de um casal, de 4 e 7 anos, passou a sair com a estudante. Ela, de classe média, cursando o 9 ano da Escola Municipal João Monteiro, foi a primeira e única amante de Fábio, segundo amigos dele.

O casal gostava de frequentar lugares caros e balados, como a suíte do Copacabana Palace em que festejaram o réveillon, e a boate Privilége, em Búzios, onde se divertiram num final de semana. Segundo amigos de Fábio, o empresário tinha o costume de dar bons presentes a Verônica, como celular e roupas, e estava pensando em presenteá-la com uma moto.

A relação extraconjugal desandou em novembro do ano passado, quando Fábio marcou um encontro com Verônica — e faltou. A partir daí, ela transformou a vida do empresário num inferno, anunciado pela estudante num telefonema, em que disse a ele: "Vou acabar com a sua vida".

Em depoimento à polícia, na 77 DP (Icaraí), Verônica contou ter revelado a existência do relacionamento extraconjugal à mulher de Fábio. Em 19 de dezembro, o casamento teve a primeira ruptura. Mas ainda era só o início.



Herculano Barreto Filho

Verônica Verone de Paiva cresceu numa casa de três pisos em Itaipuaçu, Maricá, com os pais e uma irmã mais velha. Mas não costumava sair nos mesmos lugares frequentados pelas pessoas que moram ali. A garota, que diz ter Síndrome do Pânico e tomar remédios com pontualidade, se empolgava ao falar de música eletrônica e das festas rave no Rio.

Com a morte do pai, no ano passado, a situação financeira da família piorou. E Verônica, que estudava num colégio particular, foi obrigada a se transferir para a Escola Municipal João Monteiro no começo deste ano.

Aluna da turma 831, do 9º ano, Verônica sentava na primeira fila. Carregava o rótulo de "patricinha" por se vestir bem. Na turma, também ganhou o apelido de Loura da Lapa, por gostar de sair à noite no Rio. Mas chamava mais a atenção pela beleza do que por qualquer outra coisa.

— Todo mundo olhava. Desde o porteiro até o motorista do ônibus. Loura, com o maior corpão... Quem não iria olhar? — conta uma colega, de 16 anos.

O namoro com o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, de 33 anos, não era novidade. Numa ocasião, ele chegou a buscá-la na saída da escola, dando carona a uma colega, que o chamava de “tio Fábio”, pela amizade que o empresário tinha com o pai da garota.

Segundo duas amigas dela, o relacionamento era aprovado pela mãe da estudante, que só a deixava sair se fosse com o namorado. A loura passou a mentir que sairia com Fábio para ir a outras festas. Há duas semanas, ele teria flagrado Verônica aos beijos com outro garoto, e queixou-se com a mãe da jovem.

A estudante, que gostava de fumar, beber vodka e jogar sinuca nos fins de semana, segundo amigos, era conhecida como uma pessoa alegre, de quem poderia se esperar quase tudo. Menos que se envolvesse num assassinato.
















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