Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, aguarda execução após fuzilamento de Marco Archer

Ex-morador de Santa Catarina está na lista de execução por tráfico na Indonésia
A data para a execução por fuzilamento de Rodrigo Gularte deve ser confirmada para fevereiro


Victor Pereira
victor.pereira@diario.com.br

Entre os dois brasileiros condenados à morte na Indonésia, a história do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, 42 anos, ficou marcada em Santa Catarina. Ele foi preso em 2004 por tráfico de drogas e condenado à morte um ano depois. A data para a execução por fuzilamento deve ser confirmada para fevereiro.


Natural de Foz do Iguaçu (PR), Rodrigo morava em Florianópolis havia cinco anos quando foi preso. A detenção, junto com outros dois paranaenses que viviam na Capital, aconteceu no desembarque no aeroporto de Jacarta, na Indonésia. O trio foi pego com oito pranchas recheadas com seis quilos de cocaína, mas Rodrigo assumiu sozinho a responsabilidade pelo transporte dos entorpecentes.

Ex-namorada não teve mais contato

O homem que deve ser executado tem uma ligação com a Ilha de Santa Catarina por aqui morar seu único filho, o filho Jimmy Haniel Pereira Gularte, 21 anos. O jovem mora em Florianópolis com a mãe, Maria do Rocio Pereira, 55. Em contato com a reportagem do DC, nesta sexta-feira, Maria relatou que quando Jimmy nasceu Rodrigo teria alegado falta de condições de assumir a paternidade.

Depois da detenção, não houve mais contato entre os ex-namorados. Segundo Maria, o filho é autista, fala poucas palavras e compreende apenas partes do que aconteceu com o pai. Sabe que está preso, mas não conhece as circunstâncias e é preservado o máximo possível pela mãe do acesso a informações a respeito.

Na família Gularte, imperou o silêncio nesta sexta-feira. Em Imbuia, na casa do pai de Rodrigo, o médico Rubens Borges Gularte, uma mulher que não quis se identificar afirmou apenas que ninguém falaria sobre o caso. Segundo o Terra, em entrevista à Globo News neste sábado, a mãe de Rodrigo, Clarice Muxfeldt, disse que estava chocada com a execução do também brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, morto neste sábado.

— Eu acho que realmente eles tem culpa, tanto o Marco como o Rodrigo, mas acho que realmente é um exagero (a pena de morte) — afirmou à Globo News.