sexta-feira, 30 de janeiro de 2015
'Paz: Somos Todos Alex'
Foi ontem a noite...
20h 30min...
Eu passava em frente ao ponto de ônibus onde Alex Schomaker Bastos foi assassinado com cinco tiros...
Familiares e amigos de Alex varriam em volta o local...
Pintaram o piso de branco...
Colaram retratos e recados com cuidado no vidro localizado atrás do assunto abaixo do abrigo...
Entre o posto e o alto de uma árvore estenderam uma faixa branca com letras pretas: Paz: Somos Todos Alex'...
Um holofote potente apontava em direção à mãe de Alex, Dona Mausy, ao lado de seu esposo, Andrei Bastos, amparado numa muleta no braço direito...
Dona Mausy dava entrevista para várias grandes câmeras profissionais sem identificação de emissora...
Três PMs observavam na calçada do outro lado da Rua General Severiano, em frente a padaria...
Fiquei observando em silêncio...
Imaginando qual a razão ainda não mover a polícia rastrear imagens do crime que certamente foram captadas por algum sistema de monitoramento das marquises em frente...
A polícia possui hora, minuto e segundo da ocorrência...
Tantos estampidos devem ter aberto um clarão naquela noite...
Vizinhos certamente foram até as inúmeras janelas debruçadas em direção à tragédia...
Muitos presenciaram os instantes seguintes ao assassinato de Alex...
Estacionei mais a frente e retornei para observar existência de câmeras...
Existem várias, precisamente em frente ao ponto do ônibus têm duas apontadas diretamente para a cena do crime...
Comecei a anotar o nome de cada estabelecimento e numeração dos prédios residenciais...
Percebi que poderia indevidamente expor na Rede informando a razão social de cada um...
Mas, existem padarias; auto-escola; apart hotel; concessionária de automóveis; concessionária de motos de luxo; revenda de carros blindados e até um órgão público de energia nuclear; tudo isto na mesma calçada...
Se investigadores baterem na porta de cada local destes certamente sairão de lá com imagens esclarecedoras...
Não cabe um rapaz ser assassinado em via de grande movimentação numa cidade como o Rio de Janeiro e permanecer apenas como mais um número nas estatísticas da violência...
Jorge Schweitzer
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