quinta-feira, 6 de junho de 2013

Adriana Moura de Rocha Miranda, de 43 anos, foi estrangulada e teve corpo queimado pela filha de 17 anos de idade e por seu namorado, Daniel Duarte Peixoto, de 20 anos










Em vídeo, rapaz conta como ajudou filha a queimar corpo de mãe no Rio 

Imagens também mostram momento em que casal compra gasolina. 

Menor é suspeita de ter matado a própria mãe para receber seguro.  

Do G1 Rio 

Um vídeo obtido pelo RJTV mostra um rapaz de 21 anos contando como ajudou sua namorada, uma menor de 17 anos, a queimar o corpo da própria mãe. 

O namorado conta que a jovem mataria a vítima, depois a vestiria com a roupa do trabalho. 

Segundo o rapaz, foi a própria jovem quem acendeu o fósforo para queimar o corpo da mãe. 

O casal, segundo o depoimento, aguardou até que o corpo pegasse fogo, antes de ir embora. 

Imagens de câmeras de segurança também mostram o momento em que a jovem e o namorado pararam em um posto para comprar gasolina. 

Segundo a polícia, no banco de trás do veículo, é levado o corpo da mãe da adolescente, que havia sido estrangulada pela filha três horas antes. 

Depois de comprar combustível, os dois seguiram para um terreno, em Duque de Caxias, onde queimaram o corpo. 

A jovem será internada em uma instituição sócioo-educativa. 

A menor é suspeita de matar a própria mãe, Adriana Moura de Rocha Miranda, de 43 anos, na casa da família no Cachambi, no Subúrbio do Rio. 

Segundo a polícia, a garota, que teve a ajuda do namorado para queimar e esconder o corpo, é lutadora de muay thai e aplicou um golpe chamado "mata-leão" na mãe. 

O casal namorava há apenas quatro meses. 

O caso foi divulgado nesta quinta-feira (6). 

De acordo com o delegado Antônio Ricardo Nunes, titular da 32ª DP (Taquara), a mãe não aprovava o relacionamento e os dois teriam interesse na quantia de R$ 15 mil de um seguro da vítima. 

O crime foi cometido na madrugada de sábado, dia 25 de maio. 

“Ela é fria e calculista. Os dois confessaram o crime. Nós quebramos o sigilo telefônico e colocamos os dois na cena do crime. Eram provas que não tinham como ser contestadas, então, eles realmente confessaram o crime”, declarou o delegado em entrevista ao RJTV. 

A menor foi apreendida na tarde de quarta-feira (5), junto com o namorado. 

Segundo os policiais, Daniel Duarte Peixoto, de 20 anos, estava na casa da jovem no momento do crime. 

Morta com golpe de luta 

A menina, que pratica muay thai, deu um golpe chamado mata-leão e enforcou a mãe dentro de casa. 

Às 4h do dia 25 de maio, ela abriu a porta da casa para que o namorado entrasse e ajudasse a retirar o corpo da casa. 

A menor chegou a pedir dinheiro aos funcionários da Ourotáxi, onde a mãe trabalhava, para procurar o corpo da mãe no IML e em hospitais. 

Eles chegaram a dar R$ 60 à menina. 

O delegado informou ainda que Daniel pode pegar de 20 a 30 anos de prisão. 

“Nós solicitamos que eles comparecessem ao terreno de Duque de Caxias e não temos dúvida que ela quem planejou e ela quem fez o que conhecemos como ‘mata-leão’”, afirmou Nunes. 

A menor foi levada para o Degase e o rapaz para a Polinter. 

Ambos responderão por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. 

O delegado quebrou o sigilo telefônico do casal, viu câmeras da secretaria de segurança e ouviu testemunhas. 

Ele confessou o crime na quarta-feira (5) de manhã e a menor no período da noite. 

Na delegacia, Daniel negou o assassinato e disse que apenas ajudou a namorada a se desfazer do corpo. 

Ele também disse estar arrependido por sua participação no crime. 

A menor confessou ao delegado que planejou e executou o crime sozinha e afirmou que o namorado a ajudou a levar o corpo. 

Corpo queimado 

Ainda segundo as investigações, depois que foi morta, os dois queimaram o corpo na própria casa e o abandonaram num terreno em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. 

De acordo com o comentarista da TV Globo Rodrigo Pimentel, o legista constatou que a arcada dentária é mesmo da mãe da jovem. 

Ainda de acordo com Pimentel, a menor só pode ficar presa por três anos. 

Na manhã de quinta (6), um parente da moça disse que desde que o relacionamento começou a menina mudou de comportamento. 

A família está inconformada com o crime. 

"A sensação é de muita tristeza. Estamos profundamente inconformados com o desfecho do caso. É triste concluir que a própria filha foi a autora", disse um parente, que preferiu não se identificar. 

Amiga foi à delegacia Fabiana Lopes era amiga de Adriana há 11 anos e esteve na delegacia na tarde desta quinta-feira (6) para cobrar explicações do casal. 

"Está tudo acabado. Ela [a menor] fez 17 anos agora no dia primeiro de junho. A gente sempre fazia festinha para ela. [Depois da morte da mãe], ela me ligou todos os dias. Ontem [quarta, (5)], ela me ligou 23h para dizer que tinham chamado ela na delegacia. Eu pedi que ela falasse a verdade". 

Fabiana disse ainda que Adriana reprovava o namoro do casal. 

E que esteve com os dois um dia após o crime. 

"Estive com os dois dentro da casa. Abracei eles, beijei. Falei com eles que ia dar certo, que a gente ia achar a Adriana. Achei que ela [a menor] estava calma. Achei normal por ela ser adolescente, que poderia estar em estado de choque. Ela confessou para mim ontem à noite no telefone. Pedi que ela só falasse a verdade [para a polícia]." 

O caso lembra um outro assassinato que aconteceu em São Paulo e chocou o país. 

Em 2002, Suzanne Von Richtoffen matou os pais com a ajuda do namorado e do irmão dele, Daniel e Christian Cravinhos. 

Cada um deles foi condenado a mais de 38 anos de prisão.





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