quinta-feira, 30 de maio de 2013

Protestos em Santa Maria contra soltura dos quatro acusados pelo incêndio da Boate Kiss






Com cartazes, famílias de vítimas da Kiss pedem justiça em novo protesto 

Manifestação é contra a soltura dos quatro acusados pelo incêndio. 

Emoção marca protesto na praça Saldanha Marinho, em Santa Maria. 


Do G1 RS 



Com cartazes, faixas e gritos, familiares de vítimas da tragédia da Kiss fizeram novo protesto na tarde desta quinta-feira (30), em Santa Maria. 

A manifestação é contra a decisão da Justiça de liberar os sócios da casa noturna e os integrantes da banda Gurizada Fandangueira. 

Os acusados deixaram o presídio na noite de quarta-feira (29) e estão descansando com as famílias. 

O incêndio de 27 de janeiro matou 242 pessoas. 

Dois sobreviventes seguem internados. A partir das 16h, os familiares farão uma caminhada até a frente do prédio da Kiss e vão fechar a quadra. 

“A intenção é mostrar nossa tristeza, nossa dor, nosso desconforto com essa decisão.  Estamos tentando revertê-la, já que para nós o que ocorreu foi um crime hediondo”, lamentou, emocionado, Ildo Toniolo, pai de uma das vítimas e um dos diretores da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). 

Na quarta-feira, um grupo de familiares esteve em Porto Alegre para acompanhar o julgamento. 

O resultado surpreendeu o grupo. 

“Fomos com a certeza de que eles seguiriam presos. O que vimos lá foi uma peça de teatro de mau gosto”, afirmou. 

O protesto reúne dezenas de pessoas na praça Saldanha Marinho, no Centro de Santa Maria. 

Emocionados, os participantes batem palmas, fazem barulho e pedem justiça. De acordo com o presidente do Conselho de Comunicação do Tribunal de Justiça do RS, Túlio Martins, a decisão dos promotores de soltar os réus foi técnica. 

Segundo ele, todas as providências cabíveis e cautelas já foram tomadas a fim de que o processo siga sem tentativas de manipulação de provas ou outras intervenções, com os laudos técnicos já realizados. 

“O ponto principal da decisão é a garantia de que o processo ocorra normalmente mesmo com os réus soltos”, explica. Spohr, o Kiko, passou a noite em Porto Alegre com a família. 

Segundo o advogado Jader Marques, o sócio da boate Kiss está cansado e não deve se manifestar por enquanto. 

O outro sócio da Kiss, Mauro Hoffmann, também passou a primeira noite em liberdade com familiares. 

O advogado do empresário, Mário Cipriani, não confirma onde seu cliente está. A quinta-feira também será de descanso. 

O advogado Gilberto Carlos Eber, que defende o produtor da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão, disse que o cliente foi para casa, em Santa Maria, e passou a noite com a esposa. 

Ele pediu para descansar durante a manhã e, à tarde, os dois voltariam a conversar.


PS: Como o desembargador relator Manuel José Martinez Lucas afirma que não existe mais comoção popular cabe alertá-lo com bastante clareza que ninguém esqueceu ou jamais esquecerá mais de duzentos corpos enfileirados num ginásio numa cena só encontrada em catástrofes naturais que a mídia chama de tragédia embora o mais apropriado seria genocídio arquitetado pela ganância e descaso com o semelhante... Por favor, compartilhem e espalhem na Rede a repulsa em relação da soltura dos réus para que o Judiciário gaúcho se digne recuperar-se da surdez incompreensível... JS




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