sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ingressos para o Cristo Redentor voltam a ser vendidos nas bilheterias do Cosme Velho e Paineiras










Liminar da Justiça libera venda de ingressos para o Cristo em bilheteria 

Novo sistema confundiu turistas 


O DIA 

Rio - A 1ª Vara de Fazenda Pública, concedeu liminar, nesta sexta-feira, para que seja retomava a venda de ingressos para o Cristo Redentor nas bilheterias das estações do Cosme Velho e Paineiras. 

O tribunal acolheu pedido da empresa Estação de Ferro Corcovado (Esfeco), em ação cautelar movida contra o município do Rio. 

Segundo a decisão, a prefeitura, ao editar o Decreto nº 37.070/13, que proibiu a comercialização e a entrega de ingressos nas bilheterias, "atingiu o contrato de arrendamento celebrado no âmbito federal e provocou queda superior a 80% no faturamento da empresa". 

O novo modelo de acesso de turistas ao Cristo Redentor começou no dia 21. 

A compra dos bilhetes agora é feita pela internet e turistas contam com vans autorizadas partindo do Largo do Machado direto para o monumento, ao invés da saída do Hotel Paineiras, na Estrada das Paineiras. 

Algumas pessoas foram surpreendidas com as mudanças. 

No ato da compra no www.corcovado.com.br, o turista deverá escolher a data e hora do passeio. 

Os pontos de venda do Hotel Paineras e na Estação do Cosme Velho não funcionam mais. 

Para facilitar a compra de quem não tem acesso à internet, os bilhetes também serão vendidos em casas lotéricas e em um quiosque da Riotur na Candelária, no Centro do Rio. 

Entretanto, o sistema ficou fora do ar pela manhã. 

No terceiro dia do novo esquema de vendas pela internet para acesso ao Cristo Redentor, os prejuízos já são contabilizados. 

O trem que leva até o topo do Corcovado tem subido os trilhos vazio, com uma média de 35 pessoas: a lotação é de 350 passageiros. 

Na estação, onde não é mais possível comprar os ingressos, as lojas tiveram queda de 80% na venda de suvenires. 

“Antes, a loja estava sempre cheia, não importava o horário”, diz a vendedora Eliane Vasques. 

Para Sávio Neves, presidente da empresa Trem do Corcovado, a decisão da prefeitura de concentrar as vendas pela internet fez o movimento despencar. 

“A única forma de adquirir um passaporte sem usar a internet é num quiosque na Rua da Candelária, mas ninguém vai lá.” 

George Irmes, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, conta que a entidade não foi procurada pela prefeitura. 

“Nós, que fazemos o turismo no Rio, não fomos consultados sobre isso. Estamos recebendo centenas de reclamações” 

As reclamações incluem a instabilidade do site para a compra dos ingressos e falta de orientações por parte da prefeitura. 

Ontem, turistas se dividiam entre os que recebiam a notícia e desistiam do passeio e os que tentavam, sem sucesso, a compra, com celulares e tablets. 

Pela primeira vez no Rio, André Nunes, 27 anos, e Roni Lima, 25, moradores de Rondônia, teclavam seus celulares. 

“Já estamos tentando comprar há uns 30 minutos, mas o site está horrível, estamos quase desistindo, infelizmente”.



PS: Difícil imaginar o modelo ideal, mas se passaram a ser transportados 35 passageiros quando antes levavam 350 por viagem parece óbvio que a experiência de venda pela internet não funcionou... Agora, na boa, qualquer alternativa nova no Corcovado irá criar um modelo paralelo ilegal a burlar a tentativa de normatização do sistema... Taxistas e vans legais e ilegais criaram um feudo de irregularidades que o poder público fica num jogo de fingir que resolve já que compactua com  o reboliço instalado...  JS



  

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