Por Maurício Dehò
UOL
O cinturão dos galos é tema constante de debate no UFC.
Afinal, o titular é Dominick Cruz e o norte-americano não entra no octógono desde outubro de 2011.
Duas lesões com rompimento de ligamento no joelho o tiraram de ação e não há muitas esperanças de que ele retorne antes de completar o segundo aniversário de sua última luta.
A discussão é: por que o Ultimate tem tanta paciência e ainda não lhe cassou o cinturão?
Uma foto postada pelo próprio Dominick Cruz colocou um novo elemento neste debate.
Em seu Instagram, o campeão dos galos postou uma imagem pós-treino.
O detalhe fica por conta da diferença entre suas pernas, que tem uma disparidade gritante na massa muscular.
A direita, tonificada, contrasta e muito com a esquerda, deixando transparecer que o norte-americano não está tão perto de retornar – e gerando dúvidas se e como ele o fará, no mesmo nível de antes.
Veja só: A situação do cinturão dos galos não foi totalmente deixada de lado e negligenciada.
O plano inicial na divisão era que Cruz colocasse o título em jogo contra Urijah Faber, já que ambos foram técnicos do TUF e deveriam se enfrentar, como é tradicional.
O campeão, então, rompeu ligamentos do joelho e não pôde ir para o octógono.
A decisão foi colocar em jogo um cinturão interino.
Em julho de 2012, Renan Barão faturou a cinta ao bater Urijah Faber.
A expectativa de encarar Dominick Cruz na sequência, no entanto, foi por água abaixo quando em dezembro de 2012 foi anunciada uma nova ruptura de ligamentos.
Em vez de promover Barão, o potiguar defendeu o título interino em fevereiro de 2013 contra Michael McDonald e, mais que isso, lutaria novamente, agora contra Eddie Wineland no UFC 161 – se uma lesão leve não o tirasse de ação.
Com tanto feito pela divisão dos galos e suas performances indiscutíveis, Renan Barão não precisa provar que é o melhor nome da categoria.
O campeão de fato.
Mas, mesmo com Cruz afastado há tanto tempo, o UFC teima em manter sua situação inalterada.
O ponto de comparação que acaba afetando a decisão do Ultimate é o que foi feito com Frank Mir em 2004.
O norte-americano conquistou o título dos pesados ao bater Tim Sylvia.
Meses depois, sofreu um grave acidente de moto.
O UFC aguardou, mas em 2005 preferiu retirar o seu cinturão durante a recuperação: Andrei Arlovski, que havia sido campeão interino devido à inatividade de Mir, foi automaticamente promovido.
No caso de Barão e Cruz, o tempo e a fase do brasileiro tornam quase indiscutível o merecimento de que seja considerado o campeão.
Mais que isso, esta singela foto com amigos – que Cruz sequer deveria ter postado em seu Instagram, para não expor sua condição – comprova que a recuperação é feita a passos muito, muito lentos.
Um campeão interino sempre será um “campeão com asterisco”: gera dúvidas de quem acompanha menos a cena e também acaba influindo nos próprios negócios do UFC – que lucraria mais colocando o campeão de fato em ação, e não um “substituto”.
Portanto, por que não fazer o simples e justo?
Cruz tem muitos serviços prestados ao MMA – e nem tantos ao Ultimate, já que chegou ao evento vindo do WEC apenas em 2011 e lutou duas vezes no UFC – e está sempre em foco como comentarista em programas e transmissões do UFC.
Mas poderia se recuperar com calma e muito menos pressão sem a constante expectativa sobre sua volta.
Recuperado, bastaria lhe dar uma chance automática pelo cinturão, fosse ele de Barão ou de qualquer outro lutador.
Mas, pelo jeito, não é o que veremos tão cedo…
PS: Pois é, hoje encontrei esta notícia do Barão no Uol... Não gosto de UFC, mas sempre assisto lutas do Anderson Silva... E agora, passarei a assistir as do Renan Barão também... Conheci o Barão, junto com seu treinador, recentemente quando ele se lesionou no joelho direito e o conduzi entre a Clínica Ênio Serra de Laranjeiras e a Policlínica de Botafogo com uma bolsa de gelo... Fomos conversando e o cara é bacana demais e ficou dando gargalhadas com minhas provocações zoando que poderia lhe enfrentar tranquilamente e ganharia no primeiro round por nocaute técnico... Barão me contou que somente perdeu sua primeira luta, das 34 que realizou... Afirmei que postaria sua derrota por aqui; mas infelizmente (para mim) não existe o registro já que foi sua estréia e nunca mais perdeu nada... Fui conferir as imagens do Renan Barão na Rede; ele é demolidor mesmo... Comentei com amigos que conhecem UFC e confirmaram que o Renan é simplesmente o melhor disparado em sua categoria... Contei pro Renan que certa vez - já contei por aqui - encarei na rua um camarada bombado que parecia lutador de quase dois metros de altura que batia numa mulher na Rua Pedro Américo no Catete, quase esquina com a Bento Lisboa... Ninguém se metia... A mulher pedia socorro... Parei o carro e peguei a chave de roda na mala... A rua inteira parou para ver eu ser trucidado aos pedaços... Eu me preparei para morrer, lógico... Ao invés de meu coração disparar, deve ter parado aguardando a morte... Mas, queria pelo menos acertar a primeira porrada com a barra de ferro... Peguei impulso e parti em disparada em direção ao sujeito para aproveitar o impulso... Na realidade corri em direção dele para não ter jeito de voltar mais... Sabe o que aconteceu... Meu anjo da guarda importado novamente me salvou... O camarada recuou, largando a mulher e abriu os braços erguidos dizendo que estava 'tudo bem, tudo bem; coroa'... O sujeito ainda está vivo e é muito conhecido nas imediações mas não vou identificá-lo... Voltei ao carro e fui embora... Contornei pela Silveira Martins e voltei ao mesmo ponto para ver se estava tudo calmo... Estava calmo, e a dona agredida aos carinhos se explicando com o fortão anabolizado... Fiquei puto... Por ela o ter perdoado? ... Não! ... Por ele ter me chamado de 'coroa'... Ninguém merece! ... Ah, sim! Renan é de Natal (RN) e está se recuperando na sua terra e promete voltar em breve com força total... Boa sorte, Renan... E, tem um sujeito que matou criança que eu quero dar umas porradas bem no centro da cara e vou convocar o Renan e o Dudu Dantas... Para me ajudar? Não, lógico que não... Para eles impedirem que alguém aparta... JS
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