domingo, 23 de junho de 2013

Estive ainda há pouco, domingo 23/junho/2013 20 h, na frente do prédio do Cabral











PS: Os manifestantes queriam levar os slides para serem estampadas no prédio do Cabral e necessitavam de alguém para ler um manifesto... Combinaram que abririam uma brecha na multidão... Pensei em eu mesmo ler pegar o microfone e ler... Só que eu não sabia previamente o que seria o texto... Recomendaram usar uma máscara... Daí, não! ... Tem que ser tudo de cara limpa... A gente tem que tomar cuidado para não ser manipulado... Se for sem roteiro pré estabelecido a gente fala em qualquer lugar... Fica pra próxima... JS









2 comentários:

  1. JORGE, UMA AMIGA ME PEDIU PRA COMPARTILHAR NO FACE... ACHEI INTERESSANTE TE MANDAR! ELE É FILHO DE AMIGOS DELA!
    BJUS, JANAÍNA VALLE

    "Pepê Casarin
    DITADURA VELADA - AMEAÇA (compartilhem por favor)
    Galera, nesses últimos 3 dias, eu vivenciei umas das coisas mais bonitas da minha vida, mas também senti uma sensação de insegurança como nunca senti antes, nem mesmo quando fui assaltado. Foi incrível fazer parte do Ocupe Delfim Moreira, um dos movimentos pacíficos mais longos da história recente do Brasil. Fiquei junto com algumas pessoas na esquina da casa do Cabral por quase 52 horas (saí ontem a noite), acampando, protestando pacificamente, cantando, recebendo apoio da imensa maioria do povo que passava. Toda hora chegava alguém dando incentivo, nos parabenizando pela iniciativa e perguntando se estava tudo bem, se queríamos alguma coisa. Recebemos doações espontâneas de água, mate, sucos, refrigerantes, pães, frios, frutas, sanduíches, café, cadeiras de praia, cartazes, cobertores, enfim, dividíamos tudo, parecia uma comunidade, uma grande família, muitíssimo obrigado a todos que doaram, foi muito útil. É legal dizer também que foi criado um clima super amistoso com a PM (diferentemente do tratamento covarde que a Tropa de Choque nos deu na quinta, 20 /06, no Centro e na Lapa). Entendemos o lado deles, eles super entenderam o nosso e não teve uma confusão, até piada um PM me contou. Sei que estava no Leblon também, o que é bem diferente do Centro ou de qualquer outro lugar do Rio. Mas acho que no fundo grande parte dos policiais militares apoiam a gente, dava pra ver nos olhos deles quando tentávamos convencê-los a mudar de lado, no entanto, são reprimidos, não podem nem fazer greve, porque no militarismo ela é tida como motim, é ilegal, e eles são prejudicados na hora.
    Porém, nem tudo são flores, principalmente nesse governo. Nossos três objetivos mais específicos eram bem claros, apesar de boa parte da mídia não divulgar direito: a reabertura da investigação do caso da Delta Construções (do empresário Fernando Cavendish); uma audiência para investigar os gastos excessivos na obra do Maracanã (orçado em R$ 500 milhões, mas que custou mais de R$ 1 bilhão e 500 milhões) e uma explicação da relação que a mulher do Cabral tem com os grandes empresários do setor de transporte público (já que ela é advogada de empresas como Metro Rio e Super Via, ambas por concessão, o que seria ilegal).
    CONTINUA...

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  2. CONINUANDO!
    Pois bem, ontem eu recebi uma ameaça de morte a tarde, quando um cara (infiltrado) me falou, como se tivesse me dando um conselho, sem ser num tom ameaçador, gritando, que eu estava me envolvendo com pessoas muito poderosas e que tinha muita grana envolvida, e que era pra eu tomar muito cuidado, porque eu poderia perder minha vida. Fiquei meio atordoado, foi rápido, não deu nem tempo de argumentar, o cara saiu saindo. Não contei para ninguém, mas fiquei com aquilo na cabeça. A noite, depois de eu ter apresentado mais uma vez os nossos planos, junto com o movimento UCC (União Contra Corrupção), que reivindicava principalmente contra a PEC 37, dois caras muito esquisitos que eu sei que trabalhavam pro Cabral ficaram me encarando direto, depois um fotógrafo tirou uma foto minha sozinho quando eu estava meio distante do grupo, percebi e perguntei qual era a mídia, ele me disse que era "freelancer", mais esquisito ainda. Mas a gota d'água foi quando minha mãe, que estava no protesto naquele momento, foi "abordada" por um cara alertando-a sobre cuidados que seu filho teria que ter a partir daquele momento, porque eu estava me expondo muito e corria sérios riscos.
    Enfim, pensei e refleti muito antes de tomar essa decisão gente. Não está sendo fácil pra mim, são muitas as questões, mas estou, por motivos de segurança, saindo de umas das representatividades do Ocupe Delfim Moreira. Me senti extremamente inseguro ontem, com medo, uma sensação de que a qualquer hora dali pra frente poderia acontecer algo comigo, sei lá. É lógico que eu sabia que estava me envolvendo com pessoas perigosas, que tinha muita grana na jogada e tal, mas ser ameaçado pessoalmente, tirarem foto minha sozinho, caras estranhos me olhando o tempo todo, até minha mãe foi envolvida já. Sérgio Cabral não é só corrupto, ele tem ligações com a milícia, é bandido e eu não tenho partido, não sou um militante oficial, nem conhecido politicamente na mídia pra ter uma proteção, por isso que eu peço pra vocês compartilharem por favor, quanto mais isso for divulgado melhor, mais seguro eu fico. A gente está vivendo uma ditadura velada pelo governo do estado do Rio de Janeiro, sabia que o buraco era fundo, bem fundo, mas ele é mais embaixo ainda do que eu pensava.
    Sinceramente, eu tenho quase certeza que nada vai acontecer comigo, eu não sou ninguém nesse esquema todo, mas o problema é o quase. Não quero correr 1% de perder minha vida por causa desse cara, tenho família, uma profissão que eu amo, sonhos, não quero pagar pra ver.
    Aos críticos que já tiveram, é fácil criticar sem botar a cara, sem se expor, indo lá só um pouco e voltando, sem sofrer uma ameaça pessoal e concreta, então, vamos tentar se colocar no lugar do outro, agir mais e falar menos. Não vou deixar de lutar pelo meu país, pelas coisas em que eu acredito que são corretas, mas acho que a atitude mais sensata a fazer no momento é me afastar um pouco, dar um tempo.
    Apesar de tudo, foi muito importante o que fizemos, gostaria de agradecer a todos que aderiram e fizeram parte do movimento, principalmente aos que ficaram conosco lá, esse tempo todo! Quando tive a idéia de criar o Ocupe Delfim Moreira, de uma forma muito espontânea e passional, não imaginava que fosse tomar uma proporção tão grande e foi ótimo isso. Mas infelizmente ou felizmente, as coisas nem sempre saem como planejado.
    Abraços,
    Pedro Casarin."

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