sábado, 1 de outubro de 2011

Toni Bernardo da Silva, 27 anos => Vídeo mostra imagens do africano momentos antes de ser morto




Imagens mostram momentos antes da morte de africano agredido em MT
Circuito interno de pizzaria mostra últimos instantes de vida do africano.
Universitário de Guiné-Bissau foi espancado até a morte em Cuiabá.

Dhiego Maia
Do G1 MT

O inquérito que investiga o assassinato do universitário africano Toni Bernardo da Silva, de 27 anos, ocorrido há 10 dias em uma pizzaria de Cuiabá foi concluído nesta sexta-feira (30) e encaminhado à Justiça. Um empresário, de 27 anos, e mais dois policiais militares, ambos de 24 anos, foram indiciados por homicídio e estão presos desde a morte do africano.

O delegado responsável pelas investigações, Antônio Esperândio, disse ao G1, que apenas incluiu ao inquérito o laudo elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML) que aponta a causa da morte de Toni. Segundo o instituto, o universitário morreu asfixiado por conta de uma lesão na traqueia. Também foram incluídas ao inquérito as imagens do circuito interno de segurança do estabelecimento.

O G1 teve acesso às imagens de uma câmera instalada na pizzaria. Elas mostram apenas um ângulo do momento em que o africano chegou ao estabelecimento. Depois disso, ele foi espancado até a morte.

Naquela quinta-feira, Toni chegou à pizzaria às 23h17 e teria abordado quatro clientes em uma mesa e, de acordo com depoimentos de testemunhas, ele pediu dinheiro. Em seguida, teria se dirigido à mesa em que estavam o empresário - que está preso por envolvimento na morte - e a namorada dele.

Segundo a polícia, a mulher disse que ele se sentou ao lado dela e, novamente, pediu dinheiro. Às 23h18, as imagens mostram o início do tumulto. Houve pânico e muita correria na pizzaria. A partir deste momento, a câmera mostra apenas uma imagem distorcida do que seria a briga entre o africano, policiais militares, clientes e funcionários. Um carro da Polícia Militar chegou ao local cerca de 10 minutos após o início da briga, quando Toni já estava morto, ainda conforme testemunhas.

Ao G1, o advogado Ardonil Manoel Gonzales Júnior, que faz a defesa dos policiais militares, disse que os PMs “agiram em cumprimento do dever legal”, que nesse caso específico significava “defender as pessoas que estavam sendo coagidas pelo africano”, apontou. O advogado ainda confirmou que os dois policiais entraram em luta corporal com o universitário e, que um deles, chegou a desferir um soco nas costas de Toni para que fosse completamente imobilizado.

Em relação ao indiciamento, Ardonil Júnior informou que a situação dos PMs não se altera e que vai trabalhar no processo para que ambos deixem a prisão o mais rápido possível. Os dois policiais eram amigos e estavam jantando com filhos e mulheres no local. Um deles já tem cinco anos na função militar e o outro acabou de terminar o curso para oficiais. Eles estão presos no 3º Batalhão da Polícia Militar, em Cuiabá. Já o empresário está preso em um anexo da Penitenciária Central do Estado, antigo presídio do Pascoal Ramos.

Impasse no traslado

O corpo de Toni está no Instituto Médico Legal (IML) há 10 dias à espera de traslado para Guiné-Bissau, seu país de origem. O governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores, está responsável pelo transporte do corpo, mas ainda analisa a melhor forma para o procedimento ser realizado. Por meio da assessoria de imprensa, o ministério informou que o impasse é jurídico.

Ao G1, o órgão disse ainda que busca uma fundamentação jurídica para comprovar o gasto, que pode chegar a R$ 30 mil para levar o corpo. “O caso é uma excepcionalidade. Está sendo feito tudo que é possível para que o corpo seja levado dentro da legalidade”, disse a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores.



2 comentários:

  1. Na boa, o cara era folgado...

    O casal ainda tenta se esquivar e ele coloca a cadeira ao lado...

    Como é que faz?

    Não sei...

    Só sei também que estou se saco cheio de sujeito cheio de marra experimentando nossos limites já que todo mundo anteriormente se borrou de medo dele...

    A Justiça tem que verificar até onde houve excesso depois do camarada estar rendido...

    Era um sujeito forte e abusado...

    Ele encurralou pessoas que tentaram ignorar a situação e ele não permitiu...

    JS

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  2. Tu conseguiu ver tudo isso naquelas imagens de video horrorosas?
    Folgado ou não os policiais não poderiam ter matado ele, simples. O resto é história.

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