sábado, 22 de outubro de 2011

Entrevero nesse tal de blog...


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Meu nobre e caro amigo Sérgio,


Tu sabes que sou más folgado que bombacha de gaúcho...

Más, até mesmo, que calça de palhaço...

E...

Ando sempre enrolado nesses entreveros desse tal de blog...

Descompassito vou atualizando as correspondências que vou guardando na guaica na cintura ou na algibeira por sobre o pingo ao lado de meu cusco latindo tentando morder as patas do petiço...

(putz, acho que exagerei em gerúndios que quaisquer purista viado professor ex-BBB, agora deputado que não lembro o nome, se acha em condições de vos aconselhar a melhor maneira de saudar a cauda em fogo para o Senhor da Capadócia enfiar a lança)...

Enquanto cruzo arrabaldes, coxilhas e rincões virtuais...

Más tranquilo que água de poço...

Dando tunda de relho na realidade...

Nem a guasqueira da chuva enviesada ou do encanado Vento Minuano assoviando às orelhas e encarangando a alma me permite retroceder atendendo teu conselho irmão...

Sou dos pampas!

Sou de todo mundão afora...

Más bueno...

Tanto desconforto perseverante tem seus regalos compensadores vitalícios...

Sempre haverá um bolicho de beira de estrada me aguardando com um martelo no balcão...

Ou...

Sempre haverá...

Uma prenda risonha com furor na sola do scarpin para me tirar para a próxima dança no bailão da vida com um gaiteiro bêbado a sanfonar nosso tango Perfume de Mulher...

Agora, na boa...

Deixa eu te confessar, Sérgio...

Por obra e culpa sua perdi uma chinoca formosa...

Uma Mademoiselle...

Lembra?

Esta mesma...

Você me enviou Tontola direto de Pindomonhagaba e resolvi bebericar enquanto uma vizinha paredes-e-meia escutou aquele barulho característico de britadeira socando a parede feito explosão de restaurante da Tiradentes...

Era eu...

Resolvido a pregar um quadro no centro da sala...

Sem furadeira...

Deu certo...

Logicamente que não devo confessar as propriedades da Tontola por aqui, nem detalhes já que o Elixir dos Deuses não está a venda...

Bueno...

A tal vizinha incrédula me convocou aos seus cômodos para esburacar tudo também por lá, feito um woody woodpecker furante...


O síndico bateu na minha porta de madrugada com dois policiais querendo saber porque uma mulher gritava 'estou morrendo, estou morrendo' apesar da própria atendê-los....

Até hoje ela revira os olhos e desmaia quando me encontra pelos corredores...

Só que...

Perdi a tal Mademoiselle...

Acordei tarde depois da noitada...

Mademoiselle jamais me perdoou...

Porém me procura no orkut...

Retornei em sua página...

Está ainda linda e reclamando que amou quem não deveria...

Sou eu, lógico...

Todas são apaixonadas por quem não conseguem dominar...

Coisa de mulher...

Botou vários ême-élis e tão maquiado que parecia o Arrelia..

Mostra fotos de biquini em Trancoso e Arraial D'Ajuda só para me provocar...

Maravilhosa e fagueira...

Reclama que se arrepende de amores pretéritos...

Mentira...

Se pronunciou meu nome em Porto Seguro deve ter chorado abraçado a seu amado de mentira sabendo o que perdeu...

Todos me conhecem por lá apesar de eu nunca ter fincado meu pé na areia da praia...

Perdi um mulherão que se dizia advogada e delegada de polícia por causa da Tontola...

Culpa do Sérgio...

Como ela me lê todo dia ao acordar e antes de dormir...

Me ligará amanhã...

Não atenderei...

Estou há quatro semanas com o celular desligado...

Estou naqueles silêncios hibernados...

Amanhã terei que ligar o aparelho...

Recebi email da produção de um programa bacana de TV reclamando que estão querendo falar comigo e o meu celular não atende...

Depois conto prá vocês do que se trata...

Ah, sim...

E a Tontola?

Sérgio quer saber se já pode me enviar...

Pode!

Só aguarde o comunicado da Mademoiselle querendo voltar a ser guarnecida por sobre os pelegos e coberta na frente da lareira de minha estância...

Más reafirmo prá Mademoiselle, que deve estar a lágrimas por eu ainda estar troncho de paixão indevida...

Se ela voltar prometo que terá um tanque cheio de roupa, um fogão de lenha debaixo do sapê e muita panela de ferro para esfregar...

Debaixo do cinamomo do quintal corto fumo de rolo para tragar no palheiro observando as ondas de fumaça desenhando Mademoiselle feito a Marylin esvoaçante...

Más...

Sou um homem meio que assim sem sentimentos, não sei dançar soltinho e nem mesmo fazer versos rimados...

Poesia é coisa de viado!

Fazer o quê?



Jorge Schweitzer
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Um comentário:

  1. Bom meu prezado amigo Jorge, preparei uma resposta legal pra você. Dê uma chegadinha no bloguito;
    http://ecoeantigos.blogspot.com/
    Um grande abraço e muito obrigado pela gentileza de nos citar em sua concorrida Revista Eletrônica.
    Sérgio.

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