sábado, 2 de agosto de 2014
Nego me encosta cai duro no chão...
Pôs bueno...
Fiz exames pouco antes do carnaval e somente agora peguei os resultados...
Mesmo com tudo nas mãos não li nada - apesar de haver citação de máximo e mínimo ao lado daqueles números para mim abstratos - para não sofrer por antecipação até marcar consulta...
A médica me dei devido esporro pelo atraso incompreensível...
E, foi abrindo aquela papelada toda...
Tensão no consultório, onde eu já me imaginava semi féretro...
Daí...
Que nada...
Ela foi ticando cada ítem e a maioria estava muito bom...
Colesterol bom, para martírio de quem me odeia e para surpresa da médica...
E por aí vaí...
Ela concluiu, nem sei a razão, que sou muito elétrico e receitou tomar um composto homeopático de calmante levíssimo antes de adormecer...
Pô, na boa, não falei nada prá ela, lógico; mas não vou tomar...
Meu trunfo é ser acelerado, não vou arriscar me tornar um bobalhão lesado a base de ervas...
Meu temor era ter diabetes que não tenho sequer sinal de alerta...
Todavia, também não seria o fim dos tempos...
Existe a contrapartida de não ficar mais tão ansioso correndo atrás de saias rodadas feito um desesperado como se fosse o último dia de minha vida inteira...
A médica me disse que imaginava muito pior pela vida desregrada que lhe confessei...
Ela é meia brava e passou um sabão exigindo que eu mudasse alguns hábitos...
- Dra, a senhora fala com tanta propriedade que parece que também não comete seus pecadinhos maravilhosos...
- Mas, tenho formação para te aconselhar o contrário...
- A senhora consegue se policiar de tudo?
- Não, chocolate é meu fraco...
- Viu?! Já eu odeio doces, doutora...
Ela me recomendou a tomar mais água e lhe confessei que tomo algo como quatro litros por dia, virou até gozação de quem me conhece a brutalidade que tomo de água...
- Beba oito!
É assim, médico nunca se contenta com nada...
Vou beber dez...
Porém, nada impede que eu tombe de mal súbito de repente, do nada, para regozijo dos meus inimigos...
Agora, se eu morrer afogado...
A culpa é da médica...
Falando em diabetes, lembrei do Dicró já no final da vida que festejou que poderia se desculpar com justificativas médicas para sua esposa casado há tempos e agora desobrigado de suas funções matrimoniais...
E, depois do médico informar que ele deveria cuidar da diabetes:
- Doutor, eu só cuido de quem eu gosto!
Jorge Schweitzer
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