terça-feira, 5 de agosto de 2014

A Casa dos Espíritos: E se fosse verdade?







Tenho a maior curiosidade em fazer contato direto com outras dimensões...

Já me arrisquei por onde até   possa experimentar o desconhecido...

Tempos atrás fui convidado exclusivo para um sessão de exorcismo católico  que acontece toda semana na Avenida Paulo de Frontin e logo depois me dispensaram após eu afirmar que na minha frente jamais irá ocorrer de algum espírito se apresentar...

É sempre assim...

Me amedrontam...

Alegam que minha alma  possa transportar  espíritos  dali pra frente para todo o  sempre..

Pô, mas até que seria legal...

Gostaria muito...

Bobagem, não existe esta coisa de copo correr na mesa branca sozinho...

Atualmente estou tentando ser incluído numa ideologia de autoconhecimento que mais a frente serei galgado a participar de algo mais evoluído que me proporcionam algum contato improvável...

Duvido...

Volta e meia algum indício me leva supor que algum sinal finalmente chegou...

Mas, lógico é só brincadeira do imponderável...

Exatamente um dia antes do José Ubaldo Ribeiro  morrer eu circulei pelo Shopping das Antiguidades de Copacabana e cheguei ao sebo onde sempre resgato algum livro interessante...

Havia uma promoção de livros dentro de uma caixa na porta por um real cada exemplar...

Se alguém duvidar é fácil checar, nunca minto...

Primeiro escolhi o livro Paula, da Isabel Allende..

Eu já conhecia Isabel Allende, filha de Salvador Allende presidente deposto do Chile, depois de ver o filme A Casa dos Espíritos roteirizado em seu primeiro livro...

Também sabia sobre a tragédia de Paula e o diário que Isabel foi escrevendo  no hospital enquanto sua filha  estava em coma e aguardava para lhe mostrar estas memórias assim que ela acordasse...

Logo exatamente  abaixo do livro Paula estava O Diário do Farol do Ubaldo...

Levei os dois e comecei a lê-los ao mesmo tempo...

Sou um leitor compulsivo, só deixei de ler bulas após uma médica me desaconselhar...

Ubaldo, no Farol,  prefacia  maldizendo quem duvida da sua verdade...

Foi até engraçado, acordei no dia seguinte muito tarde escutando a Fátima Bernardes, no seu Encontro na Globo,  informando que Ubaldo havia morrido...

Como acordo e ligo a tv para me embalar novos sonos fiquei achando que era alguma auto sugestão em razão de O Diário do Farol...

Não era, infelizmente Ubaldo havia ido embora...

Odeio acordar cedo...

Quando chove, então, e aquela floresta de escuridão descortina a janela inteira me enrosco na preguiça completa e nenhum  compromisso maluco me transporta para fora da jaula da cama...

 Ontem, tive que acordar as seis da manhã...

A desgraçada vistoria do Detran marcada para as dez no DNER da Dutra com Avenida Brasil exigia...

Consegui chegar por lá as oito...

Como está num cai, não cai da Rede, me precavi...

E, dei certo, sai de lá  com documento na mão...

Eu estava moído por descobrir que a natureza nos mostra tanto sol,  engarrafamento e os cachorros que passeavam faceiros por entre destroços de carros do depósito de carros rebocados e abandonados uns acima dos outros...

Voltei pra casa para dormir mais um pouco, acordei na Sessão da Tarde da Globo...

Adoro filme inconsequente...

Acho que se chama: 'E, se fosse verdade?' ou algo equivalente...

Era sobre uma moça linda e médica que vivia exclusivamente para os pacientes e seus dramas dentro de uma emergência de hospital...

 Ela praticamente se excluiu da vida social, mas finalmente foi convidada para uma festa onde seria apresentada para um pretendente...

Porém, no caminho sofre um acidente que a deixa em coma...

Um rapaz aluga seu apartamento abandonado com sua morte cerebral e ela passa a perturbá-lo, brincalhona,  como espírito que só ele enxerga...

Ele é o único elo  que ela  consegue interagir neste período de sua  quase morte que ela ainda não se conformou...

Eu ria de gargalhar quando a fantasma aparecia engraçada,  em cenas até melhor que Ghost...

 O filme não é trágico, trata a morte de forma bem humorada quanto melhor deveria ser...

A moça passa a utilizar o rapaz como seu interlocutor com o mundo dos vivos a cobrar novos desdobramentos ao final que ela não merecia...

Daí, apesar da curiosidade, desliguei a TV...

Achei melhor não presenciar  o final na ficção...

Se alguém já viu, me conte...

De qualquer forma achei interessante a quantidade de espíritos que insistem vaguear em minha volta fazendo brincadeiras sem se mostrarem...

Poderiam pelo menos me repassar os seis números da Mega acumulada...

Né, não?!







Jorge Schweitzer











Nenhum comentário:

Postar um comentário