Gordinha de Irajá perdida aqui em Copa!

.
.

.
.
Sabe aquelas músicas que você não sabe a letra e inventa na hora para acompanhar a canção?

Por exemplo, Faroeste Caboclo é impossível que alguém saiba todo...

Daí você sai mentindo mesmo com alguma inflexão qualquer que encaixe...

Semanas atrás a Isabella Saes, da Hora do Blush, comentou isto com o Fernando Caruso na Rádio Sulamérica Paradiso...

Foi muito engraçado...

Caruso descreveu que sempre entendia que o Roupa Nova ao cantar 'e te abraçava, Do You Wanna Dance' era 'e te abraçava, tu e o holandês'...

No imaginário do Fernando Caruso uma carioca se apaixonou por um turista holandês e daí a frase...

E aquela do Seu Jorge ficou assim 'vai no cabeleireiro, no eletricista'...

Como é que pode alguém sair do cabelereiro e ir ao eletricista?

Simples, a moça ao acabar de fazer uma progressiva; lembrou que seu automóvel havia sido deixado para conserto no...

Eletricista...

Tem lógica, embora lógica maluca...

E 'Jacarezinho, avião, cuidado com disco voador, tira esta escada daí, eu vou chamar o síndico'...

Esta é assim mesmo embora totalmente emblemática que o Jorge Benjor tratou de justificar que sua empresária tinha medo de helicóptero...

Fiquei na mesma...

Lembro que quando adolescente tinha um sujeito da turma que tocava violão no bar da Volta de Guerino e acompanhávamos 'Meu coraaaaaaaçããããuuuuum, não sei porqueeeeeeee, baaaaaaate iiiiiinfeliz quando te veeeeeee; e os meus olhos ficam sorriiiiindo e pelas ruas vão te seguiiiiiiiindo. Ah se tu soubesses como sou tão caridoso e tudo tudo é que te quero e como é sincero meu amor'...

Realmente eu era deveras caridoso, já encarei cada mocréia...

Na realidade a única canção apropriada a cantar no boteco - depois da terceira cerveja- sem medo de errar é a do Neguinho da Beija Flor:

'Mulher, mulher, mulher, mulher, mulher'...

Agora, o pior é ter que solfejar o hino nacional fingindo que conheço a letra com alguém da Globo fazendo leitura labial...

Serve qualquer versão...

E Claudinho e Buchecha na voz de Adriana Calcanhoto:

'Gavião sem asa, amor sem beijinho, Jessyca sem Jorginho, sou eu assim sem você'...

Faz sentido...

Lógico...

Pô, me liga Jéssyca...

Pode ligar a cobrar...

Do orelhão...

Já botei créditos...

Mas fala rápido que a carga é só '12 real'...

Pobre é uma merda...




Jorge Schweitzer






PS: O texto acima eu publiquei algum tempo atrás... Lembrei ontem quando meu filho disse que uma daquelas senhoras evangélicas lhe abordou na rua para pregação e repetiu diversas vezes 'Vaso'... O que seria 'vaso'? Eu sei o que é 'vazar'... Certa vez um passageiro entrou no táxi falando algo que entendi 'tem pulocu?!', respondi que não tinha...