segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Encontrei no google esta citação no site "O Lobo - O Pasquim do Fausto Wolff e amigos na WEB"...





.

.

.

.

.

.








.

.

.









HOMENAGEM DE UM TAXISTA - Jorge Schweitzer >> blog Táxi em movimento


.

.

.


Certa vez escrevi por aqui, depois de receber o primeiro email do Fausto Wolff, que gostaria que seu elogio ao taxista Jorge Schweitzer fosse grafado em minha lápide...

Claro, era brincadeira...

Não pretendo morrer nunca e caso esta fatalidade venha a ocorrer nem necessitam escrever nada...

Não lembro exatamente da frase...

Me enviava emails cheios de erros de digitação mas preciso nos acentos...

Diversas vezes confessava que tinha um texto meu que achou ‘certeiro’ mas não mais encontrava para reproduzir em sua coluna do Jornal do Brasil pela sua incapacidade e preguiça em relação ao computador...

Solicitava que lhe enviasse cópia...

Nunca retornei resposta para não parecer tentativa de aparecer ao seu lado...

Fausto Wolff, para mim, é uma lenda...

Não sei se reproduziu alguma coisa do Taxi em Movimento no seu espaço do Jornal...

Nem sempre leio o JB...

Era leitor diário, mas as mudanças do Jornal depois da compra pelo Tanure me proporcionaram infidelidade...

Compro eventualmente para ler Augusto Nunes que me chama de “presidente” depois de eu haver ameaçado me candidatar - de zoação - num texto chamado “Jorge Schweitzer, o taxista presidente do Brasil”...

Não arquivo vaidades – não tenho guardado sequer um recorte de jornal em que fui citado nem no setor de ‘opinião de leitores’ ou em algum destaque em outra parte jornal...

Nenhum...

Nem fui apanhar a cópia do programa “Antena Coletiva” em que dei entrevista muito bacana na TV Puc para reproduzir pra vocês...

O documentário completo dos alunos Fasha até hoje não tive o cuidado de colocar por aqui na íntegra em seus 28 minutos em que estiveram durante seis dias filmando com duas câmeras dentro do carro e duas do lado de fora numa Kombi apontando a câmera no meu nariz...

Mas um elogio do Fausto Wolff é algo que envaidece...

Quando soube da morte do Fausto pensei em escrever algo em homenagem a uma pessoa que eu tenho um respeito pela inteligência e coragem incomum que nos fazia sentirmos covardes...

Quando recebi a notícia relembrei da morte de Joel Silveira...

Ambos adoravam uma garrafa de Uísque inteira...

Nem sei se Fausto gostava do Joel...

Pôs bueno...

Homenagem póstuma é babaquice...

Fausto morreu no mesmo Hospital São Lucas que Brizola, em Copacabana...

Quando da morte de Brizola foi o único jornalista que teve coragem de defender a memória e trajetória coerente de Leonel que ele dizia “ter um dedo ruim”...

Mas não ficou a querer aproveitar-se do féretro para se travestir de carpideira chorosa...

Reproduziu o que Brizola sempre soube que ele pensava...

Encontrei Brizola em duas ocasiões, numa delas descrevi por aqui nosso encontro e finalizei “Presenciei olhar marejado abaixo de grossas sobrancelhas”...

Fausto se emocionou tanto quanto eu na narrativa...

Pensei em registrar um bate papo com Fausto para postar aqui no Taxi em Movimento...

Tentei marcar uma entrevista no bar que freqüentava na Rua Souza Lima, aqui em Copa, para beber cerveja sem álcool afastado do 12 anos...

Nem se deu ao trabalho de responder meu email se é que não ficou perdido no meio da sua caixa postal atulhada...

Achei que tinha se aborrecido com minha invasão de privacidade...

Que nada...

Nem lia todos emails que recebia...

Recentemente recebí o último...

Reclamando que eu havia sumido...

Hoje reli algumas máximas do Mestre Wolff:

“Não se pode ser tolerante com os intolerantes, nem leal com a quem nos pede deslealdade”...

“Diante dessa geringonça, o computador, sinto-me às vezes como o aborígine australiano cujo Deus é um avião que caiu no mato e que ele espera que ressuscite para resolver os problemas de seu povo”...

“Dêem a chefia da portaria de um edifício ao mais dócil dos empregados e logo ele se tornará um tirano para agradar ao poder imediatamente acima dele. O poder ama a si mesmo e aos poderosos”...

“As pessoas disputam para ganhar, e não para competir. Chegar em segundo é apenas um retrato na parede, mas como dói”...

“O governo Bush, além de ter problemas sexuais mal resolvidos, é disléxico e tem dificuldades para ler”...

“Com todo mundo saudável, inteligente, culto, com um emprego, um teto, uma roça, acabaríamos com a ansiedade, com a fome e a violência. Temos um país faminto de quase 200 milhões de pessoas. Isso não faz sentido”...

“Para mim, os adultos eram criaturas muito estranhas. Continuam sendo, mas aprendi a usar uma máscara de javali para passar desapercebido entre eles. Faço isso ainda hoje”...

Fausto Wolff nasceu no Rio Grande do Sul...

Santo Ângelo...

Em 1940...

Fausto von Wolffenbüttel...

Escreveu 17 livros...

Foi professor de literatura nas universidades de Copenhague e Nápoles...

Certa vez lhe enviei um texto sobre as noites e puteiros de Porto Alegre...

Dragão Verde, Mônica´s e o Madrigal da Rua Santo Antônio na subida da Ramiro Barcelos que atualmente está na Farrapos, onde lindas loiras aumentavam o salário de balconistas na espichada da noite...

Ziraldo, aquele do bolsa-ditadura, o descreve no JB de hoje: “quando jovem, Fausto era deslumbrante de tão bonito”...

Éramos...

Nunca paguei um níquel no Madrigal...

Fausto nunca remunerou profissionais no Dragão...

Acham que estou chateado com esta enxurrada de óbitos?

Que nada...

Ô Fausto...

Sacode o Celso Daniel por aí e tenta entrevistar o cara para saber o que houve na realidade...

Você ficou me devendo uma entrevista, tchê...

Pôs bueno...


Jorge Schweitzer





Pescado do blog
Táxi em movimento










Nenhum comentário:

Postar um comentário