PMs podem ser expulsos por aventura sexual com Maria UPP
Decisão sai em até 30 dias. Caso de sargento flagrado em ato libidinoso na principal via de Nova Iguaçu também é analisado
Vania Cunha
Rio - As aventuras sexuais de cinco policiais militares podem custar a carreira deles na corporação. Quatro PMs, inclusive, aparecem em fotos e vídeos fazendo sexo com Patrícia Alves Barbosa, que ficou conhecida como Maria UPP. A Polícia Militar decidiu submeter os praças a Conselho Disciplinar, que vai decidir, em até 30 dias, pela permanência ou não deles nos quadros da corporação.
As medidas foram publicadas no Boletim Disciplinar Reservado (BDR) 19, de sexta-feira, onde estão as decisões dos encarregados pela averiguação de um sargento, flagrado praticando ato libidinoso na principal via de Nova Iguaçu, além do Inquérito Policial Militar (IPM) sobre os quatro que apareceram em vídeos e fotos se relacionando com a Maria UPP.
Diversas imagens das ‘festinhas eróticas’ entre os policiais e Patrícia foram analisadas no IPM. Nelas, um cabo e um soldado do Batalhão de Choque apareceriam fazendo sexo com a moça em um carro estacionado no pátio da unidade. Um dos policiais, inclusive, estaria usando camiseta com símbolo do batalhão. Em depoimento, o cabo afirmou que só vestiu a peça a pedido de Patrícia, que alegou ter ‘atração por PMs’.
No caso dos soldados da UPP Parque Proletário e do 12º BPM (Niterói), o encontro teria ocorrido numa casa na Gardênia Azul, em Jacarepaguá, que um deles confirmou ser um local ‘onde tinha costume de levar garotas’. O soldado da UPP ainda revelou em seu depoimento que colocou o colete ‘para satisfazer o fetiche da jovem’.
Ouvida no inquérito, Patrícia negou a maior parte das acusações feitas aos praças, mas disse que vinha se relacionando com policiais há dois anos e que já tinha ido ‘a todas as UPPs para isso’.
Em outra parte do BDR, consta a prisão de um sargento do 9º BPM (Rocha Miranda), que em fevereiro foi flagrado se masturbando atrás de árvore, na Via Light.
Na sua conclusão, o encarregado afirma que os fatos ‘jogam por terra o esforço para resgatar a imagem institucional junto à sociedade’.
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