Marcelo Vidal Leite Ribeiro, 28 anos, foi assassinado, no dia 15 de abril de 2008, no Rio de Janeiro, com um tiro abaixo do ouvido. Há suspeita de que o crime tenha sido encomendado pela esposa.
Festeiro, alto astral, apaixonado por futebol e pela vida. Segundo amigos de infância, esse era o espírito do bancário Marcelo Vidal Leite Ribeiro, 28, morto com um tiro no pescoço, na noite desta terça-feira, em assalto no Andaraí, Zona Norte do Rio. O crime aconteceu cinco minutos antes de uma de suas atividades semanais preferidas: o atacante Marcelo Thunder, como era chamado no time de futebol society Real Andaraí, ia participar de mais uma partida com amigos quando foi atacado por assaltantes, que levaram seu carro. O assassinato interrompeu uma 'carreira' brilhante, pois Marcelo, um dos artilheiros do campeonato que está sendo promovido pela Liga Carioca da modalidade, era considerado o melhor jogador de sua equipe.
"Isso é inexplicável. O Marcelo era boa gente, um cara sensacional. Não dá para entender", comentou, muito abalado, o amigo e também jogador do Real Andaraí, o advogado Leonardo de Cairo Melo, 29. Ele aguardava a chegada do bancário com outros jogadores na quadra da Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac), na Rua Barão de Mesquita.
O time, integrante da 3ª divisão da Liga Carioca de Futebol Society, treina nas noites de terça-feira na associação. O jogo estava marcado para 21h45 e o assalto ocorreu por volta de 21h40, no estacionamento do conjunto de apartamentos Tijolinho, ao lado da Asbac. Um dos amigos de Marcelo Thunder, que também seguia para a partida, presenciou a ação.
Pedindo para não ser identificado, o estudante, de 24 anos, disse que saía de um dos blocos do conjunto, onde mora, quando avistou o bancário perto do seu Focus dourado, placa KZX 0572/RJ. O rapaz informou que viu apenas um bandido, mas o roubo teria sido praticado por uma dupla, de acordo com outras testemunhas. "O Marcelo ainda olhou pra mim, sorriu, e quando se virou para o carro um homem chegou e deu um tiro à queima-roupa no pescoço dele, sem falar nada. Foi muita covardia", observou o estudante, que não conseguiria descrever o criminoso por causa da iluminação precária do local. O amigo ainda ficou surpreso ao correr até Marcelo e encontrar a chave do Focus em sua mão, o que não impediu o bandido de ligar o veículo. O vigia que estava na guarita do conjunto foi obrigado a abrir a cancela para a dupla fugir.
Casada há cinco anos com Marcelo - o aniversário de casamento seria no dia 18/04.
A a bancária Anny Viana, 27, chegou ao Tijolinho a tempo de encontrá-lo sendo socorrido por ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Amigos do casal, que morava na Tijuca e não teve filhos, disseram que ela ficou muito abalada e tomou vários calmantes. Atingido por uma bala logo abaixo do ouvido direito, Marcelo morreu poucos minutos após chegar ao Hospital do Andaraí.
O crime chegou a ser investigado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que criminosos levaram o carro da vítima, mas as prisões levantaram a hipótese de que o assassinato tenha sido encomendado.
Policiais do 16º BPM (Olaria) prenderam, em 29/05/2008 os irmãos Sandro Tabachi de França, de 25 anos, e Alessandro Tabachi de França, de 19 anos. Eles são acusados de matar o bancário Marcelo Vidal Leite Ribeiro. Os irmãos foram presos na Rua Senador Nabuco, uma das entradas do Morro dos Macacos, em Vila Isabel.
Os dois bandidos foram presos e contaram que haviam sido contratados pela viúva. De acordo com as investigações, Anny descobriu que o marido tinha uma amante e iria se separar.
A bancária Anny Moraes Viana, de 29 anos, foi presa em uma clínica psiquiátrica em Santa Teresa. Segundo a polícia, ela é suspeita de mandar matar o marido, o também bancário Marcelo Vidal Ribeiro. Na chegada à delegacia, amigos e parentes de Marcelo estavam revoltados com o crime.
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