sábado, 19 de julho de 2014

Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas, dona do Guimas, morta em saidinha de banco na Gávea






Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas morava no Itanhangá até que resolveu mudar-se para a Gávea, próximo do seu restaurante Guimas que administrava com o esposo...

Gávea virou seu quintal onde sentia-se segura para transitar a pé sem necessidade de automóvel...

Esta vida planejava foi interrompida por um tiro  de uma dupla montada numa motocicleta logo após sacar 13 mil reais no banco próximo do Shopping da Gávea ao tentarem lhe roubar a bolsa que ela instintivamente puxou de volta...

O dinheiro era para pagar seus funcionários do restaurante...

Saidinha de banco é um crime corriqueiro no Rio de Janeiro que normalmente os bandidos utilizam o mesmo modo de operação: um motoqueiro com um garupa, ambos de capacete para dificultarem identificação por câmeras próximas e abordagem sempre na vítima previamente identificada...

Daí, a gente sempre fica sem entender como os bandidos sabem exatamente qual pessoa sacou dinheiro...

Por tempos até imaginei em algum conluio com alguém de dentro da agência bancária como realmente acontecia com um comparsa prostrado na fila olhando operação de saque dos outros clientes...

Só que, com a quantidade de câmeras dentro do banco apontadas em todas direções esta mecânica foi abandonada há tempos...

Agora, o serviço reservado da Polícia sabe como agem estas quadrilhas...

Plantar algum funcionário laranja  dentro de um comércio ou empresa para saber a rotina posso garantir que é um dos métodos dos assaltantes...

Eu já tive uma empresa de courier e um dos sócios da minha concorrente na época, a Boy Service, foi assaltado e voltou ao banco para novo saque quando foi assassinado ao retornar ao galpão da  empresa em São Cristóvão onde os funcionários aguardavam pagamento de salário...

Em crimes de saidinha de banco as investigações devem centrar suspeitas sobre todos que  conviviam com os hábitos da vítima...

Não custa nada chamar um a um de todos empregados do assaltado e utilizar técnicas legais para elucidar o elo que levou ao crime...

E, até monitorando quem pedirá demissão logo após ser convocado para depor informalmente...

Outra providência seria quebrar  sigilo telefônico de todos para cruzamento com horários próximos do crime; quem não tiver culpa não se incomodará enquanto o culpado entrará em pânico...

Todo crime deixa rastros...

Basta perseguí-los com método e persistência...


Não é fácil chegar ao assassinos de Maria Cristina Bittencourt Mascarenhas, mas absolutamente possível...




Jorge Schweitzer









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