A cada vez que chove no Rio de Janeiro, o alcaide municipal Eduardo Paes veste seu vistoso capote de lona e se instala ao lado de uma placa onde se lê Centro de Gerenciamento de Emergências e fica dando entrevistas onde repete exaustivamente que choveu não sei quantos mililitros cúbicos equivalente a todo o mês em vigência no prazo de algumas horas...
E, pronto, está resolvido o problema...
Qualquer chuvinha porcaria no Rio de Janeiro em 10 minutos ninguém consegue mais chegar em lugar algum...
O mais curioso é que quando Eduardo Paes assumiu a prefeitura, sua primeira providência foi extinguir o contrato com empresa que fazia manutenção, limpeza e desobstrução de galerias e bueiros...
Aqueles caminhões que se posicionavam ao lado de bueiros e ficavam sugando o lixo foram extintos na atual administração...
Ao invés de limpar a cidade a preparando para a chuva, Eduardo Paes mandou instalar cornetas em áreas de risco sem se preocupar com obras de contenção...
A cada vez que os céus desabam a população é avisada por apitos para correrem saindo de casa numa operação ridícula que ele copiou dos piores desastres atômicos em usinas nucleares ou terremotos japoneses...
Obras de infraestrutura não interessam ao governador Cabral ou ao prefeito Paes, são investimentos subterrâneos e de poucos lucros para empreiteiros...
Cabral e Paes gostam de coisas portentosas como o Maracanã que custou quase 2 bilhões de reais (enquanto o atual estádio do Atlético de Madri, para 70 mil pessoas, está sendo construído por 200 milhões de euros)...
Paes conseguiu a proeza e destruir um elevado (a Perimetral) e construir outro (a Via Binário) ao lado...
Agora, torço fervorosamente para que a chuva que novamente parou a cidade hoje ocorra na final da Copa do Mundo no Maracanã e ninguém consiga chegar...
Seria maravilhoso...
Tomara...
Jorge Schweitzer
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