quarta-feira, 24 de julho de 2013
Molotov contra PM incendiado teria sido lançado por P2 infiltrado
HELOISA ARUTH STURM - Agência Estado
Imagens divulgadas pelas redes sociais mostram o momento em que teve início o confronto entre policiais e manifestantes durante protesto realizado na noite de segunda-feira, 22, nas proximidades do Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio e local onde o papa Francisco foi recebido por autoridades brasileiras.
No vídeo publicado pelo portal Terra, um homem encapuzado e vestindo calça de cor branca e camiseta preta com estampa aparece lançando o primeiro coquetel molotov em direção aos policiais.
O universitário Bruno Ferreira Teles foi preso, acusado de ser o responsável por iniciar o conflito e de portar uma mochila com artefatos explosivos.
No entanto, fotos e vídeos de momentos antes da confusão mostram o rapaz vestindo moletom e calça jeans escura, e sem portar mochila.
Teles foi solto na tarde desta terça-feira, 23, após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio.
"Na hipótese dos autos existem duas versões distintas para os fatos. A primeira dos policiais militares ouvidos em sede policial e a outra trazida pelo paciente. Nenhum artefato explosivo foi apreendido na posse do paciente", afirmou o desembargador Paulo de Oliveira Lanzelloti Baldez em sua decisão.
Outras 7 pessoas foram detidas e um menor apreendido.
Eles foram liberados ainda na noite do protesto - um deles, mediante pagamento de fiança no valor de R$ 1 mil.
Antes do confronto, seis homens suspeitos de serem policiais infiltrados foram hostilizados pelos manifestantes e procuraram abrigo no cordão de isolamento formado pelo Batalhão de Choque.
Os policiais abriram a grade e permitiram a passagem dos seis homens.
Um deles usava a máscara do personagem Guy Fawkes, do filme V, de Vingança. Todos eles usavam uma pulseira preta no pulso direito.
As polícias Civil e Militar do Rio foram procuradas para informar se estão investigando possível participação de policiais no incitamento à violência durante as manifestações.
A Polícia Civil afirmou que "a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo vai analisar o vídeo e investigar o caso, assim como todos os atos de vandalismo cometidos durante os protestos."
A PM não forneceu resposta até momento.
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