quarta-feira, 31 de julho de 2013

Vigia Evandro Bezerra Silva é condenado a 18 anos pela morte de Mércia Nakashima





Vigia é condenado por participação na morte de Mércia Nakashima 

Evandro Bezerra Silva irá cumprir 18 anos e oito meses de prisão. 

Julgamento durou três dias no Fórum de Guarulhos, na Grande SP. 


Lívia Machado e Kleber Tomaz 
Do G1 São Paulo 


O vigia Evandro Bezerra Silva foi condenado na noite desta quarta-feira (31) a 18 anos e oito meses de prisão, em regime inicial fechado, por participação na morte da advogada Mércia Nakashima, ocorrida em maio de 2010. 

A juíza Maria Gabriela Riscali Tojeira leu a sentença por volta das 19h45 no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo, após três dias de julgamento. 

A defesa de Evandro disse que já recorreu da decisão. 

Evandro foi a julgamento acusado de ajudar o policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, que era ex-namorado da vítima, no assassinato de Mércia. 

Mizael foi condenado a pena de 20 anos em julgamento ocorrido em março deste ano. 

Segundo as investigações, o vigia e o ex-PM falaram 19 vezes por celular no dia 23 de maio de 2010, data apontada pela polícia como a do crime. 

Na sentença, a juíza diz que Evandro "aderiu ao propósito criminoso de seu comparsa, já julgado e condenado, evidenciando com tal postura absoluta frieza e insensibilidade com a vida humana". 

Ele foi condenado por homicídio doloso com duas qualificadoras: meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

O promotor Rodrigo Merli diz que a pena "foi adequada". 

"Esperava algo em torno de 18 anos. Em termos de pena não dava para exigir mais do que isso", afirmou após o júri. 

"Consideramos agora o trabalho em relação a esse caso cumprido, pelo menos em primeira instância, dando um alento para a familia, o que é mais importante." 

O advogado de defesa disse que recorreu da sentença. 

"A prova cabal não está nos autos. Quatro pessoas viram a Mércia e o Mizael no dia 26 [de maio de 2010]. Vamos apelar porque entendemos que essa prova é fundamental para a defesa. Seriam mais quatro testemunhas", disse Aryldo de Paula. 

"A decisão é descabida e injusta. Evandro é inocente", completou. 

Durante o julgamento, o vigia negou qualquer envolvimento na morte de Mércia. 

Ele disse que apenas deu uma carona a Mizael. 

"Eu sei que não derramei esse sangue. Eu tenho toda certeza", disse. 

"Sou inocente, não ajudei Mizael a cometer esse crime. Jamais faria isso por ninguém. Eu não tinha conhecimento”, declarou. 

O promotor Rodrigo Merli defendeu a culpa do vigia no caso durante os debates entre defesa e acusação, ocorridos nesta quarta-feira (31). 

“Evandro é, sim, culpado e partícipe, e deve responder pelo mesmo crime”, defendeu Merli. 

A acusação listou dez motivos para condenar Evandro e criticou diretamente o réu. 

"Cachorro, covarde que aceita participar da morte de uma inocente", disse o assistente de acusação Alexandre de Sá Domingues. 

O advogado Ricardo Ponzetto, que defende Evandro, disse que não há provas que o réu tenha concordado em participar do assassinato de Mércia Nakashima. 

O defensor pediu para que os jurados não condenassem Evandro com base em uma “suposição”. 

“Não está comprovado que Evandro aderiu à vontade de Mizael de matar Mércia”, disse. 

Ele justificou as 19 ligações entre Evandro e Mizael no dia apontado pela polícia como o da morte de Mércia alegando que os dois tinham "uma relação profissional". 

Entre as testemunhas que prestaram depoimento estava o delegado Antonio de Olim, que investigou o caso. 

Ele foi enfático em ressaltar a participação de Evandro no crime. 

"Evandro não matou Mércia, mas foi partícipe ao saber que Mizael planejava matá-la e ao buscar o assassino na represa em Nazaré Paulista", disse.



Um comentário:

  1. assassinos covardes,mentirosos,ainda dizem ser inocentes.penitenciária neles....o resto vão pagar aqui fora da cadeia quando de lá sairem. isto é se sairem ,....

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