segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ações de Eike em queda livre; Malan, Ellen Gracie e Tourinho deixam Conselho do Grupo e OGX deve encerrar produção de petróleo







Empresas de Eike têm novo dia de queda na bolsa após anúncio da OGX 

OGX anunciou que pode parar produção no campo em 2014. 

Outras ações do grupo também têm quedas acentuadas. 


Da Reuters 


As ações das empresas de Eike Batista operam em forte queda na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta segunda-feira (1º), depois que a OGX, a petroleira do grupo, informou que seus poços atualmente em operação no campo de Tubarão Azul não terão sua produção aumentada e poderão parar de produzir ao longo de 2014. 

Por volta das 13h50, as ações da OGX caíam 24%, para R$ 0,60. 

Mais cedo, chegaram a cair mais de 35%. 

"A Companhia concluiu que não existe, no momento, tecnologia capaz de tornar economicamente viável o desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia. Diante desse fato, a Companhia submeterá à ANP requerimento no sentido de suspender o desenvolvimento dos campos acima indicados", diz o comunicado. 

Em função das mudanças de planos, a OGX decidiu interromper a construção, pela OSX, de cinco plataformas. 

A petroleira disse ainda que o aluguel pelo afretamento do FPSO OSX-1, plataforma conectada ao campo de Tubarão Azul, continuará a ser pago à OSX. 

Com isso, as ações da OSX subiam 0,71%. A LLX, empresa de logística, perdia 5%, e a MMX, de mineração, caía 5,44%. 

Problemas 

A produção nos poços três poços marítimos da empresa (OGX-26HP, OGX-68HP e TBAZ-1HP), todos em Tubarão Azul, sofreram problemas operacionais e tiveram quedas e interrupções de produção nos últimos meses, destaca a Reuters. 

A produção marítima, que chegou ao pico de 13,2 mil barris de petróleo por dia em janeiro, despencou para 1,8 mil barris por dia em abril, recuperando-se a 6,8 mil barris por dia em maio. 

A OGX terminou março com US$ 1,15 bilhão em recursos disponíveis e apenas o pagamento devido à OSX reduziria o caixa da companhia a cerca de US$ 700 milhões. 

As sucessivas frustrações com o nível de produção da OGX e a queima de caixa pela petroleira têm motivado forte queda das ações da empresa, contagiando os papéis de outras companhias de Eike listadas na Bovespa. 

A OGX teve prejuízo de R$ 804,6 milhõess no primeiro trimestre, quase três vezes superior ao do mesmo período do ano anterior, devido a uma baixa contábil bilionária com poços secos. 

Nota de crédito rebaixada 

Os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), Rodolpho Tourinho Neto (Minas e Energia) e Ellen Gracie (Supremo Tribunal Federal) deixaram o Conselho de Administração da OGX no último dia 21. 

No último dia 14, a agência de classificação de risco Fitch reduziu as notas de crédito da petroleira OGX, de Eike Batista. 

As notas de curto prazo foram rebaixadas de "B-" para "CCC", enquanto as de longo prazo caíram de "BB+" para "CCC". 

As notas indicam alto risco de inadimplência. 

"O rebaixamento do rating reflete a maior incerteza em relação à vontade e capacidade do controlador da OGX, Eike Batista, de honrar o aporte US$ 1 bilhão na companhia", afirmou a Fitch. 

"Mais cedo esta semana, a OGX informou que Batista reduziu sua fatia na companhia a 58,92%, através da venda de 2,17% das ações da OGX em maio. Ainda que essa venda seja majoritariamente simbólica, faz crescer as preocupações sobre o compromisso de Batista com a companhia", dizia o texto.


PS: Quanto ao Tourinho até compreensível sua assessoria ao grupo petrolífero... Mas, Malan? E, Ellen Gracie? ... Que bagulho esquisito... Não podia dar certo... Quanto mais com tanto tambor ecoando lá de fora nas ruas... JS




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